Após a grande repercurssão causada por suas declarações machistas, Yoshiro Mori, presidente do Comitê Organizador de Tóquio-2020 vai renunciar ao cargo. A expectativa, segundo a agência Kyodo News é que ele comunique sua decisão nesta sexta-feira durante reunião com membros do Conselho Executivo dos Jogos.
De acordo com o jornal “The Japan Times”, que teria consultado fontes ligadas ao dirigente, Mori planeja anunciar sua intenção de renunciar em uma reunião de membros da diretoria executiva e conselheiros do comitê, marcada para esta sexta-feira.
O ex-presidente da Federação Japonesa de Futebol, Saburo Kawabuchi, é o mais cotado para assumir o cargo caso a renúncia seja consumada. Atualmente, Kawabuchi faz parte do Conselho do Comitê Organizador e é prefeito da Vila Olímpica.
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Toda confusão começou quando Mori afirmou na última quarta-feira (3), durante uma reunião no Comitê Olímpico Japonês, que “as mulheres tendem a falar muito nas reuniões porque têm um forte senso de rivalidade”.
“Em conselhos com muitas mulheres, as reuniões levam muito tempo”, disse o ex-primeiro-ministro do Japão durante uma reunião do Comitê Olímpico Japonês, de acordo com Asahi Shimbun.
“Quando você aumenta o número de mulheres executivas, se o tempo de uso da palavra não é restrito até certo ponto, elas têm dificuldade para terminar, o que é irritante”.
Suas declarações foram rotulados como “profundamente inadequados” pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), embora a organização tenha originalmente alegado “assunto encerrado” após o pedido de desculpas de Mori.
Em entrevista coletiva depois do ocorrido, Mori, que já foi primeiro ministro do Japão e é conhecido por uma série de gafes públicas, afirmou que estava “profundamente arrependido” por suas declarações.
Quando pressionado para saber se ele achava que as mulheres falavam demais, Mori disse: “Não ouço muito as mulheres ultimamente, então não sei”.