Ex-jogadora de vôlei e medalha de bronze em Atlanta-1996 e Sydney-2000, a deputada Leila Barros (PSB-DF) propôs uma emenda ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 43/2020 para garantir a vacinação dos atletas olímpicos e paralímpicos do Brasil contra o Covid-19, além dos membros das comissões técnicas, por conta dos Jogos de Tóquio-2020, que serão realizados a partir de julho.
“Sei que existe uma corrida em busca dos imunizantes e a preocupação de que o cronograma de imunização do Sistema Único de Saúde não seja comprometido. Por isso, a minha emenda permite que as doses sejam adquiridas com recursos privados, desde que o governo federal autorize. Não estamos defendendo a inclusão dos atletas em grupos prioritários para a vacinação, mas apenas a imunização em tempo hábil até a realização dos jogos”, explicou a ex-jogadora.
+TODAS AS NOTÍCIAS SOBRE TÓQUIO 2020
O texto do PLV 43/2020, originado a partir da Medida Provisória 1.003/2020, autoriza o Brasil a integrar o projeto Covax Facility, uma aliança internacional que pretende garantir o acesso dos países a uma vacina contra o novo coronavírus.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM E NO FACEBOOK
Essa adesão tem o objetivo de “proporcionar o acesso do país a vacinas seguras e eficazes contra a Covid-19, sem prejuízo à eventual adesão futura a outros mecanismos ou à aquisição de vacinas por outras modalidades”, não obrigando o governo brasileiro a adquirir os imunizantes através do projeto.
Para a senadora, a antecipação da vacinação das delegações brasileiras terá impacto mínimo sobre o andamento da vacinação dos grupos prioritários. Estima-se que cerca de 480 atletas representarão o Brasil em Tóquio, sendo 250 na Olimpíada e 230 na Paralimpíada, além dos membros das comissões técnicas dos competidores.
Ou seja, na emenda sugerida pela senadora, são cerca de 850 pessoas envolvidas, o que acarretaria no uso de 1.700 doses.
Alguns países já iniciaram vacinação de seus atletas olímpicos, como Israel e Hungria. Coreia do Sul, Austrália, Bélgica e Dinamarca anunciaram que irão vacinar seus atletas. Outros Comitês, como no Canadá e na Grécia, há pressão para vacinação dos atletas.
