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Tóquio 2020

Bach reafirma que Jogos serão realizados conforme o programa

Em meio às dúvidas e às novas ondas de coronavírus, presidente do COI não vê razões para Olimpíada ter cronograma alterado

COI - Tóquio 2020 - Olimpíada de Tóquio
Thomas Bach, presidente do COI, segue otimista com a realização dos Jogos (Divulgação/COI)

Confiança inabalável. Assim segue Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), quanto a realização da Olimpíada de Tóquio-2020 em julho deste ano. Mesmo que os casos de coronavírus estejam crescendo no Japão, país-sede, e ao redor do mundo, o mandatário diz que não há “plano B” e que os Jogos serão realizados como programado.

A dois dias de se completar seis meses para o início dos Jogos, as declarações de Thomas Bach sobre a realização de Tóquio-2020 foram dadas nesta quinta-feira (21), em uma entrevista online para o “Kyodo News”.

“Estamos totalmente comprometidos em tornar esses Jogos seguros e bem-sucedidos. E é por isso que não existe um plano B”, afirmou Bach.

Após o adiamento dos Jogos, a abertura de Tóquio-2020 ficou marcada para o dia 23 de julho de 2021. Mas se a programação, por hora, está mantida, algumas mudanças podem ser anunciadas.

“Sacrifícios serão necessários. É por isso que estou dizendo, segurança em primeiro lugar, sem nenhum tabu para garantir a máxima segurança”, disse o presidente do COI.

A questão da presença ou não de público é uma das mais latentes. Sem falar na abertura do país para estrangeiros durante a Olimpíada.

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Bach também disse que o mundo agora está melhor equipado para prevenir infecções, que as vacinas contra o coronavírus estarão disponíveis em abril ou maio em muitos países e que medidas específicas contra a pandemia podem esperar até junho.

Thomas Bach, presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), está no Japão desde domingo (15). O dirigente foi ao país com o objetivo de definir os próximos passos para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021. Nesta segunda-feira (16), o mandatário se reuniu com o primeiro-ministro Yoshihide Suga e mostrou confiança na presença de torcedores no evento. Além disso, revelou querer que todos os envolvidos estejam vacinados vacinação
Thomas Bach e o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga (IOC/Greg Martin)

Desconfiança em alta

Tóquio registrou mais de mil casos de infecções diárias na última semana, e algumas outras áreas do país estão em estado de emergência de um mês.

Fora que o processo de qualificação está engatinhando, sendo que apenas 57% das vagas olímpicas foram garantidas. Além disso, muitos atletas ainda não estão conseguindo treinar de forma adequada.

Além disso, com a aproximação dos Jogos, o Japão não conseguiu obter um forte apoio público para os jogos, visto que os casos de infecção continuam aumentando.

Uma pesquisa de opinião do “Kyodo News” no início deste mês revelou que 80 por cento dos entrevistados querem o cancelamento ou adiamento da Olimpíada.

Tóquio Atletas Coronavírus
Anéis Olímpicos na Baía de Tóquio (COI/Divulgação)

Aposta muito alta

A quase seis meses da abertura da Olimpíada de Tóquio-2020, alguns especialistas ouvidos pela “Reuters” acham que a realização dos Jogos é muito arriscada.

“Estamos enfrentando muito mais perigo do que no ano passado. Então por que realizar os Jogos Olímpicos, cancelados no ano passado devido ao risco de infecções, este ano?”, disse Kentaro Iwata, um importante especialista em doenças infecciosas da Universidade de Kobe.

“É como a atitude de um mau jogador, sabe? O jogador que perde dinheiro e coloca mais dinheiro para recuperá-lo ”, disse ele.

Para Koji Wada, professor da Universidade Internacional de Saúde de Tóquio e bem-estar, o cenário é muito complexo pois “depende da situação do coronavírus não apenas no Japão, mas também em outros países”. E Wada ainda crava: “Uma Olimpíada em grande escala pode não ser possível”, disse ele.

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