Com enorme tradição em pódios paralímpicos, a natação brasileira vai chegar daqui um ano em Tóquio-2020 com o mesmo prestígio, mas com uma nova protagonista. A lenda Daniel Dias estará brigando por medalhas na Paralimpíada, mas Maria Carolina Santiago, junto à outras nadadoras, tem tudo para ser a dona da piscina em 2021.
É uma equipe renovada que ainda tem alguns ícones que seguem em alto nível, como Daniel Dias e Edênia Garcia. Mas uma nova geração, puxada por Maria Carolina Santiago e Wendell Belarmino vem pedindo passagem.
Na Rio-2016, Daniel Dias deixou à piscina com com nove medalhas, sendo quatro de ouro. Em Tóquio-2020, após a reclassificação funcional de seus adversários, ele é favorito ao ouro somente nos 50 m S5, disputa em que é o atual campeão mundial. Por outro lado, Daniel Dias vai somar mais algumas medalhas ao seu currículo
Já Maria Carolina Santiago tem duas provas em que se destaca e que foi campeã mundial em Londres 2019 (50 m e 100 m S12). Ela tem chances reais de conquistar as mesmas medalhas em Tóquio-2020. E olha que ela está indo para sua primeira edição de Jogos Paralímpicos.
Fora os dois, a natação paralímpica brasileira ainda conta Wendell Belarmino, Phelipe Rodrigues, Joana Silva, Edênia Garcia e Cecília Araújo. Nomes que fazem parte da elite mundial.
Parâmetro
O Mundial de Natação paralímpica Londres-2019 é o grande termômetro para Tóquio-2020. Nele, o Brasil conquistou 17 medalhas, sendo cinco de ouro, seis pratas e seis de bronze.
Os dourados em Londres foram: Maria Carolina Santiago (50 e 100 m livre S12), Daniel Dias (50 m livre S5), Edênia Garcia (50 m costa S3) e Wendell Belarmino (50 m livre S11).
As pratas vieram com Maria Carolina Santiago (110 m costa S12), Daniel Dias (100 m live S5), Phelipe Rodrigues (50 m livre S10), Joana Silva (50 m borboleta S5), Cecília Araújo (50 m livre S8) e com o revezamento misto 4 x 100 m 49 pontos.
Por causa da pandemia, a diferença entre a data de realização do Mundial e dos Jogos Paralímpicos aumentou para quase dois ano. Uma distância enorme entre os dois eventos e sem precedentes.
Fora que uma classificação funcional poucos dias antes do início da Paralimpíada em 2021 não está descartada.
Expectativa
Há quatro anos, na Rio-2016, o Brasil faturou 19 medalhas, sendo quatro de ouro, todas com Daniel Dias. Levando em conta o desempenho no último Mundial, a deleção brasileira tem chances de conseguir mais ouros com uma variedade maior de nadadores.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NOINSTAGRAM E NO FACEBOOK
Contudo, o recorde de 19 medalhas da Rio-216 e de Pequim-2008 é mais complicado de ser quebrado ou igualado.
Fato é que as mulheres terão mais visibilidade e mais chances na piscina, principalmente pelo trio Maria Carolina Santiago, Edênia Garcia e Joana Silva. As três brigam forte em quatro provas e ainda podem competir no revezamento misto 49 pontos.