Classificado para os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, o velejador Jorge Zarif está liberado para voltar a competir desde o dia 14 de agosto. O atleta, que cumpriu suspensão por doping, está treinando em Ilhabela e São Paulo para os eventos nacionais e sua primeira competição será a Semana de Vela do Rio de Janeiro, que está marcada de 5 a 7 de setembro, no Iate Clube do Rio de Janeiro.
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“Estou ansioso para voltar a competir depois de tanto tempo. Nesse período de quarentena, eu tomei todos os cuidados possíveis e mantive a parte física. Desde agosto estou treinando na água focado nessa reta final de campanha olímpica”, destacou Jorge Zarif, que garantiu vaga para seu terceiro Jogos Olímpicos, já que esteve em Londres-2012, quando ficou em 20º, e na Rio-2016, quando terminou na quarta posição.
Atualmente, Jorge Zarif ocupa a quinta colocação no ranking mundial da classe Finn. O velejador não participa de regatas oficiais desde dezembro do ano passado. Na ocasião, ele disputou a Finn Gold Cup, em Melbourne, na Austrália. A Semana de Vela do Rio de Janeiro acontecerá com todas as normas de distanciamento social essenciais na prevenção à pandemia de coronavírus.
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Está será a 33ª edição da Semana de Vela do Rio de Janeiro, que contará em 2020 com seis regatas para as classes Optimist, 420, 29er, Laser, RS:X, IQFoil, Finn, Snipe, 470, 49er, 49FX e Nacra 17. Jorge Zarif se garantiu em Tóquio no Campeonato Europeu de 2019, na Grécia. O velejador tem como principal resultado na carreira o título mundial de 2013, em Tallin, na Estônia.
Suspensão por doping
No final de 2019, Jorge Zarif viu sua vida virar de cabeça para baixo, após ser flagrado no exame anti doping em agosto. Dez meses depois, foi confirmada a punição de um ano de suspensão para o paulista de 27 anos. O velejador recebeu a pena por conta da presença da substância tamoxifeno.
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Na época do anúncio da suspensão, Jorge Zarif explicou que utilizou a substância por 20 dias por recomendação médica para o tratamento de ginecomastia bilateral, doença que causa o aumento das mamas e limita os movimentos. Em junho, o velejador concedeu entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia e quebrou o silêncio sobre o assunto.
“Eu recebi a notícia quando tinha acabado de sair do hospital, porque eu tinha ido tirar cisto no ombro. Eu estava entrando no carro, li o e-mail com a notificação e fiquei em choque. Passei uns cinco minutos parado, não fazia a menor ideia de que isso podia acontecer. Senti como se fosse acabar minha vida… Na hora você fica desesperado e acho que é a pior coisa que pode acontecer com um atleta”, desabafou Jorge Zarif.
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“Quando passou esse primeiro choque, entrei no carro, voltei para casa ainda muito mal, tentando entender o que tinha acontecido. E aí comecei a ligar para as pessoas, para as entidades devidas avisando do resultado analítico adverso e já tentando buscar soluções”, acrescentou o velejador.