Durante todo o ciclo para Tóquio-2020, Henrique Avancini se manteve entre os cinco melhores ciclistas do mountain bike mundial. Sempre brigando no topo. Não há motivos para, mesmo depois da pandemia e com um ano a mais para a Olimpíada do Japão, duvidar do potencial e consistência do grande nome brasileiro do ciclismo atual.
Henrique Avancini é o número dois do ranking mundial e está muito próximo de garantir sua vaga para Tóquio-2020. Só restam duas etapas da Copa do Mundo em 2021 para a definição dos classificados.
Mais experiente, sem toda a pressão da Rio-2016 e já consagrado no cenário mundial. Vai pedalar forte em busca de uma medalha daqui a exatamente um ano.
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Fazer diferente
Avancini chegou na Rio-2016 com grandes expectativas de medalha. Ele não estava preparado. Sofreu com dores nas costas, mas entregou um 23º lugar, sendo que na época era o 27º do mundo.
Para 2021, cinco anos depois, o brasileiro é outro e o adiamento de Tóquio-2020, dentro de sua realidade esportiva, nem foi encarado como ruim. “Com o adiamento, teremos mais tempo para otimizar, trabalhar a área mental especificamente para a Olimpíada”, disse.
“Estaria pronto para competir no meu melhor já, em excelente forma. Mas sigo treinando, e posso arriscar um pouco mais, tentar outras técnicas e métodos de recuperação. E mais do que isso, tenho tempo para avaliar esses testes.”
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Caixinha de surpresas
Só que o ciclismo, de forma geral e não só o mountain bike, tem muitas variáveis que podem bagunçar as coisas. Na Rio-2016, choveu no dia e isso dificultou as coisas no cross country. Quedas são comuns, assim pneus furados e trombadas no pelotão.
Com mais bagagem, Henrique Avancini vai saber lidar melhor com todos esses fatores, mas ainda vai depender de um pouco de sorte. Ainda mais que o bicho-papão do MTB ainda está na ativa.
Nino Schurter, da Suíça, é oito vezes campeão mundial, sete vezes campeão da Copa do Mundo e tem três medalhas olímpicas (bronze em Londres-2008, prata em Londres-2012 e ouro na Rio-2016).
Parâmetro
O ano de 2019 foi no ‘padrão Avancini’ de qualidade. No cenário nacional foram várias conquistas. Não tem competidor brasileiro que o incomode.
Nas três principais competições internacionais de 2019 provou, mais uma vez, que tem condições de se manter entre os melhores. No evento-teste de Tóquio-2020, terminou em 5º lugar.
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Na Copa do Mundo de MTB, das sete etapas disputadas, Henrique Avancini ficou em terceiro lugar em duas e foi quarto em três. Apenas dois resultados ruins, décimo e 18º. Contudo, no Mundial de 2019, ele terminou em 10º lugar.
E nunca é demais lembrar que Avancini foi campeão mundial de MTB maratona em 2018, uma versão mais longa do cross country olímpico. O que lhe rendeu o direito de usar a tão cobiçada camisa arco-íris, uma glória enorme dentro do ciclismo.