Daqui exatamente um ano, a seleção brasileira masculina de ginástica artística tentará repetir a histórica participação que teve nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 que culminou com três medalhas – duas de prata e uma de bronze. O quarteto formado por Arthur Nory, Chico Barreto, Caio Souza e Arthur Zanetti tem tudo para brilhar em solo japonês.
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Para saber como foi o ciclo olímpico dos atletas e como chega a seleção ao Japão, o Olimpíada Todo Dia preparou um mini guia sobre a seleção masculina de ginástica. Confira!
História no Rio e mudanças na equipe
Há quatro anos, a ginástica artística do Brasil fazia história. Competindo com a equipe completa pela primeira vez em 100 anos de Jogos, a seleção brasileira masculina formada por Sérgio Sasaki, Arthur Nory, Diego Hypólito, Arthur Zaneti e Francisco Barreto encantou a torcida no Rio de Janeiro.
De quebra, os brasileiros saíram com três medalhas olímpicas. Diego Hypólito e Arthur Nory, no solo, e Arthur Zanetti, nas argolas, foram os responsáveis pela melhor campanha do Brasil em Jogos Olímpicos em termos de quantidade de medalhas na ginástica artística.
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Após a Rio-2016, Diego e Sasaki se aposentaram. A boa safra não fez com que o nível da seleção brasileira masculina caísse, entretanto. Caio Souza, que havia sido cortado em 2016, assumiu a titularidadee foi fundamental na conquista da vaga olímpica no mundial de ginástica de 2019, em Stuttgart.
Equipe com regularidade
A estreia do quarteto masculino daqui a um ano em Tóquio será na competição por equipes. Nory, Chico, Zanetti e Caio tentarão repetir a histórica performance na Rio-2016. Na ocasião, a equipe terminou na sexta colocação, atrás das poderosas equipes do Japão, Rússia, China, Grã-Bretanha e Estados Unidos.
Mesmo com as trocas, o Brasil seguiu na elite por equipes. No Campeonato Mundial de Doha-2018, terminou na sétima colocação. Um ano depois, em Stuttgart, os brasileiros fecharam em 10º lugar. Como apenas os oito primeiros times passaram para a final, o país ficou de fora, mas ao menos conseguiu a tão difícil vaga olímpica.
Os adversários em Tóquio
O objetivo da equipe masculina em Tóquio será novamente conquistar uma difícil vaga na final, já que uma medalha é, em teoria, improvável devido ao alto nível das favoritas. Rússia, China, Japão, Estados Unidos e Grã-Bretanha são grandes candidatas a subir no pódio.
Após anos de domínio japonês no cenário da ginástica masculina, Rússia e China roubaram o protagonismo no ciclo atual e prometem brigar décimo a décimo pelo topo do pódio e pelo posto de novos donos da ginástica mundial.
No mundial de 2018 os chineses levaram a melhor na disputa e acabaram se sagrando campeões após uma disputa intensa com os russos até o último aparelho. No o ano passado os postos se inverteram. Os russos ficaram com o ouro e os chineses com a prata. O desempate dessa disputa deve ficar mesmo para os Jogos Olímpicos.
O Japão, antes dominante, segue bem forte e conquistou os dois bronzes no mundial do ciclo. Ainda sem saber se contarão com a presença de seu grande astro e multi-campeão Kohei Uchimura, os japoneses tentarão surpreender chineses e russos para voltar ao topo do mundo com o apoio da torcida.
As equipes dos Estados Unidos e Grã-Bretanha correm por fora em um lugar ao pódio.
Como funciona a competição por equipes?
Na competição por equipes da ginástica, Cada país entra com quatro atletas. Na fase classificatória, os quatro ginastas podem competir em todos os aparelhos – solo, argolas, salto sobre a mesa, barra fixa, barra paralela e cavalo. As três maiores notas em cada aparelho são somadas para a pontuação da equipe, enquanto que a menor é descartada. Os oito melhores países disputam a final, em outro dia.
A busca pelas finais
Além de tentar garantir a equipe entre as oito finalistas, os ginastas buscam ir às finais específicas de cada aparelho. Para isso, devem ficar entre os oito – ou entre os 24, no individual geral – melhores no primeiro dia de competições daqui exatamente um ano. Confira um mini-resumo das melhores chances de cada um dos quatro ginastas nos Jogos Olímpicos.
Arthur Nory
- melhor aparelho: barra fixa
- melhor resultado no ciclo: campeão mundial 2019 na barra fixa
- Pode surpreender e ir a final em: solo
Arthur Zanetti
- melhor aparelho: argolas
- melhor resultado no ciclo: vice-campeão mundial 2018 e 5º lugar no Mundial 2019
- Pode surpreender e ir a final em: nenhum – (Zanetti é especialista nas argolas, só compete nos outros para ajudar a equipe)
Chico Barreto
- melhor aparelho: barra fixa
- melhor resultado no ciclo: campeão Pan-Americano em 2019 na barra fixa
- Pode surpreender e ir a final em: cavalo (foi campeão pan-americano no aparelho)
Caio Souza
- melhor aparelho: individual geral
- melhor resultado no ciclo: campeão Pan-Americano em 2019 no individual geral e 13º no Mundiais de 2018 e 2019.
- Pode surpreender e ir a final em: salto sobre a mesa (foi 8º no Mundial de 2018)