A pandemia deixou desertas as ruas das cidades ao redor do planeta. Com a quarentena, a essência do skate street perdeu-se e modalidade vai precisar de uma adaptação para chegar a sua primeira participação olímpica em Tóquio-2020. E a seleção masculina, vai chegar como?
A seleção masculina pode chegar e estrear daqui um ano em Tóquio com até três atletas. Vai chegar um pouco enferrujada, mas com grande tradição. Vai chegar nervosa, afinal é a primeira olimpíada do skate. Mas acima de tudo, vai chegar para brigar por medalha. Principalmente Kelvin Hoefler.
E na atual seleção masculina de skate street estão Kelvin Hoefler, Giovanni Vianna, Carlos Ribeiro, Felipe Gustavo e Lucas Rabelo.
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Pandemia
Sem as ruas, parques, locais públicos e até privados para treinar, o street vai sofrer um pouco para se recuperar. Mas a grande maioria dos atletas do mundo estão nessa também e o principal: não há competições de alto nível internacionalmente rolando.
Como a pandemia bagunçou geral o calendário olímpico, a World Skate (Federação Internacional de Skate) estendeu a classificação olímpica até junho de 2021. O calendário de 2020 não tem nada confirmado.
Kevin Hoefler, Giovanni Vianna, Carlos Ribeiro e Felipe Gustavo não estão no Brasil e seguem treinando com algumas restrições nos Estados Unidos. Assim como Lucas Rabelo, único deles que segue no Brasil, mais especificamente em Porto Alegre.
Mas aquele velho jargão cabe mais do que nunca: treino é treino, jogo é jogo. E sem competições, não há parâmetros.
Números
Das 20 vagas disponíveis para o street masculino em Tóquio-2020, uma é do Japão, três serão definidas no Mundial de Londres e as outras 16 serão de acordo com o ranking olímpico.
Ranking em que Kevin Hoefler é o atual número cinco no skate street. Neste mesmo ranking, Giovanni Vianna é o 15º e Carlos Ribeiro vem logo atrás em 16º. No momento, estes seriam os nossos representantes nos Jogos.
Kevin Hoefler parece ser o mais propício a garantir a vaga para Tóquio-2020. Contudo, a maior parte dos pontos que valem para o ranking ainda deverá ser disputada. Isso se, ou quando, a pandemia permitir.
Com muito em jogo ainda, Lucas Rabelo (19º) e Felipe Gustavo (21º) podem subir no ranking e também brigar pela vaga.
País raíz
Entre os 20 melhores do mundo no ranking do street masculino, os Estados Unidos possuem seis atletas, enquanto o Brasil tem quatro. Sendo que o 21º do mundo é brasileiro. É muita tradição na modalidade aliada com a renovação nos últimos anos.
O skate é muito forte no Brasil e numa disputa olímpica, a tradição fala alto. Dito isso, os atletas brasileiros chegam em condição de disputar medalhas. Obviamente, Kelvin Hoefler, que já ganhou quase tudo, ainda lhe falta um Mundial, vai brigar no topo.