O velocista brasileiro Paulo André de Oliveira já não é mais uma promessa do atletismo. Aos 21 anos, é uma realidade. No ano passado, ele conquistou a medalha de ouro no Mundial de revezamentos de Yokohama (JAP) no 4 x 100 m e tem metas ousadas. Entre elas estão: chegar no auge nos Jogos de Tóquio, em 2021, correr os 100 metros em 9s70 e no futuro, bater o recorde de ninguém menos do que Usain Bolt.
“Com o adiamento, eu praticamente ganhei um ano de preparação, mental e física, no desempenho. E é uma competição. Por mais que seja a primeira Olimpíada, eu tenho chance de chegar no meu auge, com chance de brigar no individual. Esse é meu objetivo”, disse Paulo André em live no Instagram do Olimpíada Todo Dia.
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“Quero chegar em Tóquio-2020 já com resultado expressivo, bem ranqueado mundialmente para a galera já saber que eu estou ali, dando perigo pra rapaziada (risos). É importante chegar confiante, favorito. Não posso levar minha primeira Olimpíada como desculpa. Estou treinando para ganhar e tenho certeza que vou chegar bem preparado para fazer uma boa competição”.
Apesar de querer chegar no auge no individual em Tóquio 2020, ele reconhece que a prioridade é o revezamento 4 x 100 m, uma vez que a briga por pódio é realidade.
“Hoje o revezamento é a realidade. Temos que colocar a prioridade nele, porque é a nossa realidade, são chances reais de medalha”.
Correndo abaixo dos 10s e buscando Bolt
A segunda meta, correr 9s70, parece estar próxima. Pelo menos é o que diz Paulo André. No ano passado, ele chegou a correr 9s90, mas a marca não foi homologada por causa do vento na ocasião, acima do limite de 2m/s. Apesar disso, o atleta do Espírito Santo considera a marca e pensa ainda mais alto.
“No Troféu Brasil, mesmo sem vento, teve um estudo que mostrou que eu teria baixado dos 10s de qualquer jeito. No mundo, desde que é mundo, existe vento. Então o evento é uma coisa que vai estar aí… não foi homologado, mas eu particularmente considero. Então baixar dos 10s deixou de ser um sonho. Eu tenho uma média muito boa nos 100 m e preciso só de um momento legal, com vento favorável”, destacou.
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Por esse motivo, baixar dos 10s já é página virada na opinião de Paulo André. O negócio agora é literalmente correr atrás do recorde de Bolt. Mas tudo em seu tempo.
“Eu já virei a pagina. 9s90 não é o que eu quero, quero 9s70, bater o recorde do Bolt [no futuro]. Claro, com calma, passo a passo, mas eu acredito. Tem que acreditar. E é para isso que eu acordo todo dia, para treinar”.
Para isso, porém, terá que superar marcas consideradas imbatíveis hoje em dia. O recorde mundial do jamaicano nos 100 metros é 9s58, marca esta obtida no Mundial de 2009, em Berlim (ALE). Já o recorde olímpico, também em poder de Bolt, é de 9s63, cravado na Olimpíada de Londres-2012.
Sonhando alto
Paulo André ainda é novo, mas aos 21 anos, tem ambição de sobra e usa isso como motivação. E a sede de ganhar só cresce.
“Meu sonho é ser campeão olímpico e bater o recorde do Bolt. Mas tenho outro sonho também, que é ter destaque internacional, ser bem ranqueado e ficar invicto o ano todo. Nem ligo para o tempo, desde que ganhe todos os campeonatos, competindo com os melhores”.
“Eu tenho muita coisa para conquistar ainda. Óbvio que sou muito grato a tudo que eu já conquistei até aqui, são grandes feitos, mas eu acho pouco ainda. Eu não quero parar por aqui. A sede de ganhar é grande. Como meu pai fala, é só a ponta do iceberg. Eu treino e me dedico para conquistar cada vez mais”, finalizou Paulo André.