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Tóquio 2020

Organização dos Jogos precisa fechar R$ 16 bi em patrocínios

Temendo perder receita, Comitê Organizador de Tóquio-2020 irá negociar com patrocinadores locais pela renovação dos contratos em risco pelo adiamento

Céu de Tóquio com anéis olímpicos (Facebook/masa.takays)

Com o adiamento de Tóquio-2020 para 2021, diversos contratos de publicidade firmados com o Comitê Organizador terão que ser estendidos. Só que nem todos os patrocinadores locais estão dispostos a renovarem seus patrocínios que juntos somam cerca de R$ 16 bilhões, reportou o “Asahi”.

Nunca uma olimpíada arrecadou tanto dinheiro com patrocinadores locais, um valor equivalente a 60% de todo montante investido para a realização de Tóquio-2020. Mas o adiamento irá modificar essa arrecadação porque dois terços dos patrocinadores estão indecisos quanto a prorrogação por mais um ano.

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O porta-voz do Comitê Organizador de Tóquio-2020, Masa Takaya, disse que as negociações começarão no próximo mês. “Estamos planejando começar a nos reunir com essas empresas para discutir o acordo e o conteúdo do contrato em um futuro muito próximo”, disse Takaya nesta semana em uma entrevista com repórteres japoneses.

Tóquio-2020 corre atrás para fechar R$ 16 bi em patrocínios locais, Masa takaya, comitê organizador
Masa Takaya e Tokuaki Suzuki, ambos do Comitê Organizador de Tóquio-2020 (Facebook/masa.takays)

Sessenta e sete empresas se inscreveram como patrocinadores locais para financiarem a realização dos Jogos no Japão.

Quem paga a conta

Entretanto, não são só os 60% de receita vindo de patrocinadores locais que estão em risco. Outros 14% vindo da venda de ingressos também estão longe de estarem garantidos.

O Comitê Organizador de Tóquio-2020 não tem ideia ainda se os eventos terão a presença de público. E caso tenham, certamente o número será menor do que os ingressos colocados à disposição do público.

Diante deste cenário, o governo japonês já se prepara para conter o rombo, que pode variar de R$ 10 a 30 bilhões. Por sua vez, o COI (Comitê Olímpico Internacional) irá ajudar com cerca de R$ bilhões para custear o adiamento.

Ou seja, o Comitê Organizador vê seus gastos aumentando na mesma medida em que a receita está diminuindo.

Cortes e mais cortes

Sem a receita garantida dos patrocinadores locais e de bilheteria, já que não se sabe se haverá presença de público nem sua quantidade, o Comitê Organizador de Tóquio-2020 segue focado em cortar gastos.

Em entrevista para o “Mainichi”, Yukihiko Nunomura, diretor de operações do Comitê Organizador de Tóquio-2020, disse que até o revezamento da tocha olímpica será simplificado.

Somente o básico do revezamento deverá ser mantido, descartando grandes cerimônias e eventos paralelos.

Os organizadores irão se reunir com cada uma das 47 prefeituras do Japão que estão programadas para receberem o revezamento para discutirem como cortar gastos e ainda minimizar a transmissão do novo coronavírus.

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