O Brasil tem história no salto triplo e Almir Junior quer entrar na lista de medalhistas olímpicos do país nesta prova. Ele quer se colocar no grupo dos lendários Adhemar Ferreira da Silva, bicampeão olímpico, em Helsinque-1952 e Melbourne-1956, Nelson Prudêncio, prata na Cidade do México-1968 e bronze em Munique-1972, e João do Pulo, bronze em Montreal-1976 e Moscou-1980. O atleta deseja uma medalha olímpica nos Jogos de Tóquio.
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“Penso muito em medalha olímpica depois dos resultados que obtive. É óbvio que quero ser campeão olímpico, mas trabalho e vou dar o meu melhor sonhando com uma medalha. Se conseguir fazer uma preparação tão boa quanto a desse ano tenho condições de brigar por isso. Sei que Olimpíada tem uma grande magia, mas sonho com esse momento há muito tempo e na final é 50% de chances para todo mundo”, disse Almir Junior.
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“Tem três pessoas que me inspiram mais do que nunca. Além de grandes atletas, Adhemar Ferreira da Silva, Nelson Prudêncio e João do Pulo são caras com história no salto triplo e que me motivam por tudo que fizeram. Espero um dia poder colocar meu nome, não junto, mas pelo menos perto para fazer minha história e continuar a deles. Acho que se eles conseguiram eu também posso”, completou o triplista em live do Olimpíada Todo Dia.
Trabalho para quebrar hegemonia
Os últimos dois Jogos Olímpicos foram dominados pelos americanos Christian Taylor e Will Claye, respectivamente, campeão olímpico e medalha de prata nas edições de Londres-2012 e Rio-2016. Na capital londrina, Taylor marcou 17,81 m e Claye 17,62 m. Já no evento realizado no Brasil, o vitorioso anotou 17,86 m e o segundo colocado 17,76 m. Confiante, Almir Junior se coloca entre os postulantes a quebrar essa hegemonia.
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“Os principais adversários são Christian Taylor e Will Claye. Eles têm essa hegemonia a ser quebrada. Se for parar para pensar, o primeiro e segundo lugares são deles e os outros brigam pelo terceiro. Estou aí para mudar isso e gosto de saltar contra quem está bem. Gosto do embate e quero que seja uma Olimpíada de alto nível que melhores subam ao pódio. E espero estar entre eles”, destacou o atleta.
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“Não penso muito nos meus adversários. Penso em mim e sei que preciso trabalhar muito para alcançar o sonho que tenho. Se eu fizer a minha parte eles terão que fazer a deles e se não fizerem terão problemas”, concluiu Almir Junior que, atualmente, está em Porto Alegre (RS) e voltou aos treinos na Sogipa, seu clube.
Sonhando alto
Aos 26 anos, Almir Junior tem como um de seus principais resultados a conquista da medalha de prata no Campeonato Mundial Indoor (pista coberta) de 2018, disputado em Birmingham (ING). Ele anotou 17,41 m e ficou apenas dois centímetros atrás de Will Claye, atleta americano e atual vice-campeão olímpico.
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“O Brasil tem tradição no salto triplo e tem que ser respeitado. Quero colocar meu nome no clube dos 18 metros e tenho trabalhado para isso e já mostrei que posso”, afirmou Almir Junior que, no momento, tem a terceira melhor marca na história do Brasil. Com 17,53 m, ele está atrás apenas de Jadel Gregório, primeiro, com 17,90 m, e João do Pulo, segundo, com 17,89 m.
Adhemar Ferreira da Silva ganhou sua medalha de ouro em 1952 com a marca de 16,22 m. Já em 1956 saltou 16,35 m. Nelson Prudêncio alcançou a prata em 1968 com 17,27 m e o bronze em 1972 com 17,05 m. Por fim, João do Pulo ficou em terceiro em 1976 com 16,90 m e em 1980 com 17,22 m.