Faltando menos de 14 meses para a Olimpíada de Tóquio, os questionamentos sobre a viabilidade de sua realização seguem surgindo, com as incertezas sobre a pandemia de coronavírus. A Governadora da cidade-sede dos Jogos, Yuriko Koike, apontou dois aspectos que, no seu entendimento, são fundamentais para que o maior evento esportivo do mundo aconteça: quarentena e acordo de viagem.
Em uma entrevista ao jornal Financial Times, Koike disse que a liberdade de atletas, staff e torcedores poderem ir o Japão é a coisa mais importante para a realização das Olimpíadas e Paralimpíadas.
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“Uma pré-condição básica para a Olimpíada é que as pessoas do mundo possam vir”, disse a governadora. “Mais do que tudo, não sabemos como será a situação do coronavírus em julho do próximo ano. Temos algumas incertezas aqui, mas temos que tornar os Jogos seguros para atletas e espectadores”.
Atualmente, estrangeiros de 111 países estão proibidos de entrar no Japão devido à pandemia de coronavírus. E por enquanto, a Olimpíada de Tóquio segue marcada para 23 de julho de 2021 e a Paralimpíada para 24 de agosto.
Vacina
Mais um ponto crucial é o da vacina contra o coronavírus. Muitos acreditam que a Olimpíada e Paralimpíada de Tóquio só vai acontecer se uma vacina tiver sido criada até lá. É o caso de Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.
“Tenho observado com bastante preocupação e temos uma posição bem concreta. Basicamente, o que a gente entende é bastante simples e objetivo. Nosso pensamento é que se não houver uma vacina aprovada até dezembro deste ano, não haverá Jogos em 2021. Entendo que é um problema de saúde pública e afeta toda a sociedade”, disse à Agência Brasil.
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Olimpíada diferente
Em abril, o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, disse que não existe um plano B para a realização da Olimpíada de Tóquio. Ou acontece na nova data ou será cancelada.
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Por isso e pelas incertezas geradas pela pandemia de coronavírus, muitos especulam, assim, que os Jogos serão diferentes do que estamos acostumados a ver. A própria governadora de Tóquio disse que pode ser necessário realizar uma Olimpíada “simplificada” no Japão. Um exemplo seria uma redução nas cerimônia de abertura e encerramento dos Jogos.
“É hora de todos nós revisarmos quais são as coisas essenciais para esses Jogos e quais são os itens indispensáveis. Podemos criar novos Jogos Olímpicos e Paralímpicos exclusivos de Tóquio. Mas exatamente como será, não posso lhe dar os detalhes”, concordou Toshiro Muto, chefe executivo do comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Tóquio.