Não bastassem os problemas logísticos com o adiamento de Tóquio-2020, o COI (Comitê Olímpico Internacional) também enfrenta impasses financeiros com a Olimpíada sendo realizada em 2021. Diante do cenário, a entidade está conversando com as seguradoras sobre a indenização da protelação.
Segundo o “Japan Today”, uma “discussão aberta” está em andamento com os corretores de seguros, disse o diretor de operações dos Jogos Olímpicos do COI, Pierre Ducrey. O objetivo é “tentar encontrar o nível certo de indenização para nos ajudar a suportar o custo de ter que esperar mais um ano”.
O COI paga pelo seguro no caso de um cancelamento de uma edição dos Jogos. Mas não está claro se o mesmo plano com as seguradoras cobre o adiamento de uma Olimpíada por causa de uma pandemia.
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As políticas de cancelamento detalhadas nas contas anuais do COI contabilizaram US$ 14,4 milhões para a Olimpíada do Rio de Janeiro-2016 e US$ 12,8 milhões para os Jogos de Inverno de Pyeongchang-2018.
Problemão
Pierre Ducrey também disse que manter a Vila Olímpica por mais um ano é o “problema número 1”. O complexo de mais de 5.600 apartamentos na Baía de Tóquio é “uma peça fundamental para poder entregar os Jogos”, disse Ducrey durante uma conferência on-line com estudantes de administração esportiva na Índia.
Cerca de 25% dos apartamentos foram pré-vendidos para as pessoas que irão morar após o término da Olimpíada de Tóquio-2020. E esses compradores devem receber uma indenização por ter que esperar mais um ano antes de tomar posse do apartamento.
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“Obviamente, você planejou toda a sua vida para conseguir esse apartamento naquele momento”, disse Ducrey. “Agora temos que dizer a todos esses proprietários, ‘Oh, desculpe. Seu apartamento será entregue a você um ano depois’. É uma mudança enorme e requer uma série de indenizações e discussões”, disse.