O armador Yago, de 21 anos, é uma das maiores revelações do basquete brasileiro e já tem feitos relevantes na carreira. Ele recebeu a primeira convocação para a seleção brasileira adulta com 18 anos, em 2017, e foi campeão e melhor jogador do Sul-Americano sub-21, em 2018. No Paulistano, conquistou o NBB de 2017/18. Em live com o Olimpíada Todo Dia nesta sexta-feira (29), o atleta mostrou personalidade, ao afirmar quesonha com Olimpíada e NBA.
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“Nunca imaginei que com 21 anos estaria onde estou hoje. Já realizei alguns sonhos, como disputar o Mundial, ser convocado para a seleção adulta e jogar campeonatos internacionais. Ainda tenho alguns e a NBA, sem dúvidas, é um dos meus maiores [sonhos]. Tenho que trabalhar e evoluir muito para chegar lá. Acordo todos os dias e esse é um dos meus primeiros pensamentos”, afirmou Yago.
“Tinha uma possibilidade de ser convocado para o Pré-Olímpico e ali começaria o sonho de Olimpíada. Como foi adiado, procuro lidar da melhor forma possível e, para ser convocado, preciso treinar e ficar mais forte para, quando chegar a hora, aproveitar da melhor forma possível. Disputar uma Olimpíada com 22 anos seria incrível. É um sonho que está na minha cabeça e que posso realizar em um futuro bem próximo”, acrescentou.
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Yago revelou que o apelido ‘monstrinho’ surgiu em um de seus primeiros contatos com o elenco profissional do Paulistano, quando tinha 17 anos. Uma das explicações para a alcunha seria por ele apavorar as defesas adversárias. “Não lembro quem falou, mas pegou. Realmente não sei o motivo, mas gosto bastante”, disse o jogador.
Copa do Mundo e a nova geração talentosa
Yago foi um dos 12 jogadores convocados pelo técnico Aleksandar Petrović para a Copa do Mundo de 2019, realizado na China. O armador não teve muito tempo de quadra, mas encarou a participação como mais um passo em busca de seus objetivos e um aprendizado pensando no seu futuro na seleção brasileira. Ele e o ala Didi foram os mais jovens do elenco.
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“Foi incrível participar do Mundial. Fiquei no quarto com o Didi e conversávamos bastante. Cada dia era uma sensação diferente. Estar no Mundial e jogando contra os melhores jogadores foi algo inesquecível. Pude viver cada segundo daquilo e aproveitar ao máximo. Demos mais um passo para consolidar nosso nome. Quero estar pronto para, daqui a 3 ou 4 anos, se tiver que ser protagonista em uma Olimpíada”, disse Yago.
O armador não concorda quando dizem que o Brasil não tem jovens talentosos. Segundo ele, os mais experientes estão passando experiência aos mais novos e isso tem sido positivo para a nova geração para quando precisarem assumir a responsabilidade de conduzirem a seleção brasileira. E Yago quer estar pronto para quando isso acontecer.
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“O Brasil tem muitos talentos. As pessoas falam que falta oportunidade, mas a renovação está acontecendo. É que os mais experientes seguem jogando em altíssimo nível. Não vamos começar sendo campeões mundiais, mas com a experiência que estamos tendo poderemos ganhar das grandes equipes como a Argentina fez no mundial e fazer jogos difíceis contra Espanha, Estados Unidos, Grécia, Sérvia e outras seleções”, comentou.
Estatura e relação com Didi
Yago e Didi são jogadores da mesma geração e repetiram a parceria no Sul-Americano sub-21 de 2018. Os dois também estiveram na Copa do Mundo de 2019. Didi foi contratado pelo New Orleans Pelicans, da NBA, em 2019, mas foi jogar na Austrália. Com apenas 1,78 m, Yago já sofreu preconceito pela baixa estatura e teve sua capacidade questionada.
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Porém, o armador tem mostrado que consegue atuar em alto nível diante dos melhores jogadores da modalidade. “Gosto muito do Campazzo, do Real Madrid, do Stephen Curry, do Golden State Warriors, da NBA, e sou fã da explosão do Westbrook, que é rápido e vai para cima com força”, disse o armador.
“Procuro sempre ver vídeos desses jogadores e olhar de perto como são diferentes dos outros. O Campazzo é pequeno e lê o jogo muito bem. Já o Curry tem controle de bola e um arremesso diferenciado. Se conseguir acrescentar essas coisas ao meu jogo darei um enorme salto”, afirmou Yago.
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Sobre Didi, Yago não poupou elogios. “Eu e o Didi somos bem amigos. Nossa amizade é bem forte e cresci com ele na base. Ele é um garoto diferente não só pelo basquete, mas pela pessoa e jeito de tratar as pessoas. É uma amizade que o basquete me deu e que vou levar para vida. É um cara que posso contar fora da quadra também”, completou.
Volta do basquete com máscara
Yago disputou a temporada de 2019/20 pelo Paulistano e foi vice-campeão do Campeonato Paulista, com Franca ganhando o título. O armador e seu clube competiam no NBB, mas o torneio precisou ser cancelado por conta da pandemia de coronavírus que se alastrou pelo mundo.
Sobre a volta das competições, Yago comentou sobre o material divulgado pela FPB (Federação Paulista de Basquete), que prevê que o campeonato estadual aconteça com os ginásios recebendo até 30% de suas capacidades e os atletas usando máscara no rosto durante os jogos.
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“Nenhum atleta vai gostar de jogar com máscara, principalmente em um esporte que tem contato. Você sente que tem algo incomodando e é difícil de respirar. A questão é que os jogadores não gostariam de voltar a jogar desta forma”, concluiu o armador.