8 5
Siga o OTD

Tóquio 2020

Rafael Silva e Fernando Reis enaltecem importância do mental

Os atletas participaram de uma live no Youtube do Pinheiros e exaltaram a relevância desse aspecto na conquista dos resultados

Tóquio Rafael Silva Fernando Reis Mental
Os atletas participaram de um papo descontraído e comentaram sobre a preparação para Tóquio (YouTube/Pinheiros)

Referências em suas modalidades, Rafael Silva, do judô, e Fernando Reis, do levantamento de peso, participaram de uma live descontraída no canal do YouTube do Pinheiros e compartilharam experiências. Entre os assuntos, os atletas comentaram sobre a Olimpíada de Tóquio, que será em 2021, e enalteceram a importância da força mental na conquista dos resultados.

+ Federação muda regras, Figueira perde vaga, mas vai brigar

“Assim que abro meus olhos, a primeira coisa que vem na minha cabeça é a medalha olímpica. Esse é um pensamento recorrente”, disse Fernando Reis, que mora em Miami (EUA). “O mental é até mais do que 50% em importância. É a cabeça que manda. Se o atleta estiver com cabeça boa ele consegue atingir objetivos que seriam inalcançáveis”, completou.

“A cabeça manda em tudo. Realmente é muito importante. Participei de duas Olimpíadas e na segunda fazendo supino com a metade da carga que fazia na primeira e conquistei o mesmo resultado. O atleta precisa entender que estar focado no objetivo faz toda a diferença. Treinamos uma vida inteira para entregar o melhor resultado em um dia, por isso, o mental tem que estar direcionado para esse momento único”, destacou Rafael Silva.   

Trajetória vencedora

Rafael Silva, o ‘Baby’, competiu e ganhou a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e Rio-2016, ambas na categoria +100 kg. Ele também tem cinco medalhas em Mundiais, sendo duas de prata, em 2013, no Rio de Janeiro, e em 2017, em Budapeste, sendo a segunda por equipes, e três de bronze, em 2014, em Cheliabinsk, em 2017, em Budapeste, e em 2019, no Japão, com a última em disputa coletiva.

Já Fernando Reis tem em sua trajetória o tricampeonato dos Jogos Pan-Americanos. O atleta subiu ao topo do pódio em Guadalajara-2011, Toronto-2015 e Lima-2019 e terminou em quinto lugar nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Em 2018, no Campeonato Mundial, ele finalizou a competição em quarto lugar, a melhor posição do país na história.

judoca Rafael Silva, o Baby, do judô fala sobre rotina adaptada de treinos e adiamento dos Jogos de Tóquio
Baby tem duas medalhas de bronze em Jogos Olímpicos (Reprodução/Instagram)

Apreciar a jornada pensando em Tóquio

A conversa espontânea entre ‘Baby’ e Fernando Reis prosseguiu e ambos dividiram com os fãs como vivenciaram as Olimpíadas que já competiram e como estão lidando com o dia a dia pensando na preparação para os Jogos de Tóquio. Ambos vivem momentos distintos, já que Rafael Silva treina com restrições, em São Paulo, e Reis com trabalhos normais na Flórida.

+ ‘Vovó’ da seleção, Mayra Aguiar afirma que quer ser mãe

“Em Londres eu era jovem e estava brigando entre os cachorros grandes. Já em 2016 projetei ganhar uma medalha e fiquei bem perto, em 5º lugar. Em 2016, por ser no Brasil, o peso nas costas era muito grande. Fiquei bem feliz que o Rafa medalhou. Foi um feito absurdamente grande”, apontou Reis.

Aproveitando o momento

“Para 2021 estou aproveitando mais o processo, saboreando a preparação e as competições. Consigo observar tudo estando um passo atrás. Em Tóquio vocês verão um atleta mais experiente”, complementou o atleta do levantamento de peso.

“Estou com o Fernando nesse aspecto. Em 2012 fui para me firmar e mostrar que era capaz de chegar à medalha e que conseguia estar entre os melhores. No ciclo seguinte passei a apreciar a jornada. Curtir a evolução mais do que a medalha em si. Ter mais prazer em treinar e melhorar a cada dia. Estou levando o processo de Tóquio de forma mais leve”, disse ‘Baby’.  

+ SIGA O OTD NO FACEBOOKINSTAGRAMTWITTER E YOUTUBE

Além do aspecto mental, os esportistas brincaram com uma situação curiosa que já passaram. “Sou fã do ‘Baby’ como atleta e pessoa. Certa vez uma repórter me confundiu com ele e perguntou como estavam as lutas e o francês (Teddy Riner). Disse para ela: acho que você está me confundindo com o ‘Baby’. Hoje em dia nem corrijo mais porque já aconteceu várias vezes”, contou Reis.

Mais em Tóquio 2020