Mais de 100 organizações que defendem os direitos humanos reivindicaram ao lado de grupos LGBT que o governo do Japão adote leis de não discriminação antes dos Jogos Olímpicos de Tóquio. O protesto foi na sexta (15), dois dias antes do Dia Internacional do Combate à Homofobia.
Yuri Igarashi, diretor co-representante da Aliança do Japão para Legislação de grupos LGBT, afirmou que o adiamento dos Jogos Olímpicos em um ano dá ao primeiro-ministro, Shinzo Abe, mais tempo para “introduzir e aprovar proteções de benefício para todos no Japão”, segundo matéria do Inside the Games.
Em 2018, as autoridades de Tóquio adotaram leis de antidiscriminação destinadas a proteger os grupos LGBT. A medida, porém, não foi sancionada pelo governo do Japão para o território nacional.
Vale ressaltar que determinadas modalidades serão realizadas fora da capital japonesa. A maratona, por exemplo, vai ocorrer em Sapporo, cidade ao sul de Tóquio. A discriminação “de qualquer tipo” nos Jogos Olímpicos, inclusive por motivos de orientação sexual, é proibida pela Carta Olímpica.
“O esporte nos ensina que somos mais fortes quando estamos juntos, e agora é a hora de a comunidade esportiva global se solidarizar com os grupos LGBT no Japão”, disse Hudson Taylor, fundador e diretor executivo do Athlete Ally, uma organização que defende a igualdade no esporte.
No Brasil
O Dia Internacional do Combate à Homofobia foi criado em 17 de maio de 1990, data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu retirar a opção sexual da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).
No Brasil, o Dia Nacional do Combate à Homofobia entrou no calendário oficial em 2010, quando o então presidente Luís Inácio Lula da Silva acatou uma reivindicação que já perdurava por anos do movimento LGBT, formado por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Desde então, o tema tem sido motivo de debate entre o Legislativo brasileiro, tanto é que o Senado, por exemplo, analisou ao menos 18 pedidos sobre liberdade de gênero a partir de 2010.
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Por meio das redes sociais, vários clubes postaram mensagens relacionadas ao Dia Nacional do Combate à Homofobia, entre eles São Paulo e Palmeiras.