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Tóquio 2020

Diretor do COB revela intenção de investir em eventos internos

Jorge Bichara contou as mudanças de planejamento, com investimento em estrutura de treinamento, e elogiou atletas da nova geração

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Jorge Bichara participou da estreia do programa Debate Olímpico (COB/Divulgação)

A primeira edição do programa Debate Olímpico foi ao ar nesta quinta-feira (14) no canal Vamo Junto, no YouTube. Jorge Bichara, diretor de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) foi um dos convidados da atração, que é apresentada pela influencer Jojoca. Entre os assuntos abordados, Bichara revelou a intenção de, pensando em Tóquio, investir em eventos internos após a pandemia de coronavírus.

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“Estávamos preparados para uma Olimpíada a menos de 100 dias. Nas últimas semanas passamos a rever nosso planejamento para prepararmos tudo para o ano que vem. Em paralelo a isso, reavaliamos todo o nosso orçamento de repasse para as Confederações, que nesse ano seria de R$ 120 milhões. Esse recurso tem um componente grande nas competições internacionais, mas a pandemia vai impossibilitar aglomerações e esse tipo de trânsito de pessoas”, explicou Bichara.

“Existe a intenção de se voltar para dentro, portanto, o que seria investido em viagens internacionais terá que ser revertido em estrutura de treinamento para os atletas aqui no Brasil. Isso de certa forma pode contribuir no desenvolvimento de novos valores, que vão se beneficiar dos equipamentos que vão chegar. A ideia inicial é retomar os eventos no mercado interno e talvez adotando estratégias de outros países, com competições sem público ou com distanciamento social mais organizado”, completou o diretor do COB.  

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Além do diretor do COB, a estreia do programa, que tem a parceria do Olimpíada Todo Dia, contou também com a participação do ginasta Arthur Nory, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Rio-2016 e campeão mundial da barra fixa em 2019, em competição realizada em Stuttgart, na Alemanha. O atleta treina em casa durante a pandemia de coronavírus.

Jovens com mais um ano de preparação

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Jorge Bichara acredita que atletas podem evoluir com mais um ano de preparação (Saulo Cruz/Exemplus/COB)

Um dos assuntos discutidos no programa Debate Olímpico foi a nova geração do esporte brasileiro e os benefícios de mais um ano de preparação visando os Jogos Olímpicos de Tóquio, que precisou mudar de 2020 para 2021 por causa da pandemia de coronavírus. O evento foi remarcado e será disputado de 23 de julho a 8 de agosto do ano que vem.

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“Ainda estamos avaliando qual será o saldo disso. Um ano é uma oportunidade de amadurecimento para vários atletas. Mas, desde que seja um ano minimamente aproveitável. A competição esportiva amadurece, mas se ele não tem a chance de enfrentar os melhores isso pode não trazer benefícios”, disse o dirigente.

“O atleta precisa colocar em prática a sua periodização de treinamento para determinada competição e ver se o planejado deu certo ou não. É importante o atleta ser exposto ao estresse de estar ao lado dos melhores para que perceba sua evolução e consiga enfrentá-los. E talvez os efeitos da pandemia impeçam que isso aconteça. Até que ponto esse um ano a mais será de ganho? Isso ainda é uma incógnita para nós”, completou Bichara.

Elogios à três promessas do esporte brasileiro

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Jorge Bichara elogiou três atletas que são promessas para o futuro (Aberlardo Mendes Jr/rededoesporte.gov.br)

A mudança dos Jogos de Tóquio para 2021 por conta do coronavírus pode contribuir para evolução e maturidade de atletas como Alison dos Santos, do atletismo, principal nome do país na prova dos 400 metros com barreira, Murilo Sartori, da natação, jovem destaque na prova do revezamento 4×200 metros livres, e Diogo Soares, da ginástica artística, garoto que é uma das apostas para o futuro na modalidade. No momento, o primeiro está com 19 anos, o segundo com 17 e o terceiro também com 17.

“O Alison estava treinando na Califórnia antes da pandemia e o trouxemos para o Brasil pelo momento ruim que a região estava entrando. É um atleta excelente e teve um ano fantástico, com muita evolução. Ele disputa uma das provas mais difíceis do atletismo na atualidade junto com um atleta norueguês, um catari e um americano, com os três ainda um degrau a frente dele. Ele tem uma história de superação e o já é fantástico onde chegou, mas tem tudo para crescer ainda mais”, disse o diretor.

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“O Murilo é jovem e tem como acrescentar bastante se mantiver essa evolução. É um revezamento que já foi campeão na piscina curta e tem capacidade de demonstrar essa evolução na piscina longa também, já que foram finalistas de mundial. É uma prova que a acreditamos e com um ano a mais de trabalho os atletas podem evoluir. Por fim, o Diogo está muito bem e participou de uma etapa da Copa do Mundo e diante dos melhores do mundo e se portou com muita bravura”, concluiu Bichara.

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