Érika é uma das jogadoras mais experientes da seleção brasileira feminina. Com 32 anos, a atleta espera disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, que precisou ser adiado de 2020 para 2021 por consequência da pandemia de coronavírus. Érika analisou o adiamento como positivo para o Brasil, já que dará mais tempo para a técnica Pia Sundhage trabalhar com o elenco.
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“Considero que foi bom. Quem acompanha o futebol feminino sabe que estamos trabalhando com a Pia faz pouco tempo. O lado não tão bom é que não estamos podendo treinar juntas por tudo que está acontecendo (coronavírus). Porém, assim que for liberado, teremos mais tempo de treinos para chegarmos bem na Olimpíada, que é um evento gigantesco e onde todos os atletas querem estar”, afirmou Érika, em entrevista ao instagram da spinnsoul.
Pia Sundhage foi anunciada oficialmente como técnica da seleção brasileira no final de julho de 2019. Sendo assim, a treinadora está no comando há menos de um ano e ganhou mais tempo para trabalhar com seu grupo de atletas pensando nos Jogos de Tóquio. Desde o Campeonato Mundial de 2019, na França, o futebol feminino ganhou mais visibilidade no Brasil e trouxe a tona o assunto da inserção das mulheres no esporte.
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“É óbvio que almejamos mais mulheres no esporte que tem uma cultura tão machista. Agora temos uma técnica e quanto mais mulheres no meio do esporte melhor. É questão de representatividade, mas não adianta ser só mulher, tem que ter competência. Acredito que estamos crescendo muito e estou bastante feliz de ver as meninas agregando conhecimento. Aos poucos estamos buscando nosso espaço”, comentou Érika, que está de quarentena por causa do coronavírus.
Começo no futebol ao lado do irmão
Érika teve sua primeira experiência com o futebol quando tinha cinco anos. Ela brincava de bola com seu irmão e gostava muito de jogar. Com sete anos, a jogadora foi surpreendida pelos seus pais com a inscrição na escolinha de futebol society do Marcelinho Carioca, que havia acabado de ser inaugurada no bairro da Penha.
A defensora foi a primeira menina inscrita e iniciou na modalidade sem saber exatamente a posição que gostaria de atuar. Com 15 anos, Érika jogou pela primeira vez no campo e gostava de jogar no meio campo, pois tocava mais na bola, recebendo das zagueiras e tocando para as atacantes.
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Sua primeira convocação para a seleção brasileira foi como atacante, mas conversou com Luís Antônio, técnico da época, e explicou que não era a posição que gostava de desempenhar. Atuando pelo Brasil, Érika foi campeã dos Jogos Pan-Americanos de Toronto-2015 e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.
Érika veste a camisa do Corinthians no momento e foi campeã Paulista e da Libertadores em 2019. A atleta também foi eleita a melhor zagueira do Campeonato Brasileiro do ano passado, competição que o seu clube ficou na segunda posição. Ausente na Copa do Mundo por lesão, Érika quer disputar os Jogos de Tóquio.