Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou a prorrogação até o dia 31 de maio o estado de emergência no país sede das Olimpíadas e Paralimpíadas, devido à pandemia de coronavírus.
O estado de emergência no Japão foi decretado no dia 7 de abril na capital e outras seis prefeituras. Alguns dias depois, ele foi estendido por todo o país e tinha validade até 6 de maio.
+Japão visa a Olimpíada mais sustentável da história dos Jogos
Autoridades japonesas, no entanto, alertaram o governo de que seria muito cedo para flexibilizar as medidas de isolamento contra o coronavírus. As associações de médicos alertam que os hospitais podem entrar em colapso em breve com o avanço da pandemia. O número de leitos de UTI no Japão é de 6.500, cinco para cada 100.000 habitantes
+ SIGA O OTD NO FACEBOOK, INSTAGRAM, TWITTER E YOUTUBE
O estado de emergência, porém, poderá ser encerrado antes do fim de maio, após uma revisão da situação no país prevista para o dia 14 em todas as regiões do Japão.
Olimpíadas em xeque
Mesmo com o adiamento, a viabilidade da realização dos Jogos vem sendo questionada. Desde o anúncio oficial de adiamento das Olimpíadas e Paralimpíadas, em março, o Japão viu o número de infectados e de mortes crescer no país. Já são mais de 15 mil casos e 500 óbitos, sendo que Tóquio é a região mais afetada.
Além disso, o próprio Comitê Organizador já disse que não há plano B: ou a Olimpíada é realizada em 2021 ou será cancelada. Muitos especialistas e profissionais de saúde já declararam, mais de uma vez, que o evento só será realizado com uma vacina. Fato é que Tóquio 2020 será diferente de todas as outras edições dos Jogos.