Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio foram adiados para julho e agosto do ano que vem, respectivamente, devido à pandemia de coronavírus. No entanto, para a professora de saúde pública global, Devi Sridhar, acredita que as Olimpíadas só poderão acontecer na nova data se uma vacina para no novo vírus for criada até lá.
“Uma vacina vai ser o ponto de virada do jogo, desde que seja eficaz, acessível e disponível”, disse Sridhar à BBC. “Acho que eles tomaram a decisão correta ao adiar em um ano e depois reavaliar a situação. Mas se tivermos um avanço científico até lá, acho que as Olimpíadas de Tóquio parecem bastante irrealistas”.
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A professora explicou que mesmo quando a situação melhorar e as medidas de isolamento começarem a ser afrouxadas, reunir milhares de pessoas do mundo todo pode ser perigoso e pode causar uma onda de disseminação, afetando o “frágil equilíbrio entre saúde, economia e sociedade”.
“Acho que a única maneira de lidar com essa situação é ter esperança e apoiar a comunidade científica, porque a ciência a longo prazo será a saída para tudo isso”, completou a professora.
E o Japão?
Foi decretado estado de emergência no Japão até o dia 6 de maio, após os números de casos de coronavírus começarem a aumentar consideravelmente nas últimas semanas.
A situação financeira também não é das melhores. Mesmo antes do adiamento, a organização das Olimpíadas de Tóquio já previam um custo de US$12,35 bilhões. Com a nova data, o valor deve aumentar e o comitê organizador já prevê cortar gastos extras e manter somente o essencial.
As Olimpíadas de Tóquio estão marcadas para 23 de agosto do ano que vem, enquanto as Paralímpiadas começarão em 24 de agosto de 2021.