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Tóquio 2020

Presidente da organização diz que Tóquio 2021 foi uma “aposta”

Yoshiro Mori sugeriu o adiamento de dois anos, preocupado com a possibilidade de a pandemia não ter sido totalmente superada em 2021

Comitê organizador de Tóquio - Mori - Abe - Adiamento Jogos Olímpicos
Primeiro Ministro e presidente do comitê na reunião no Thomas Bach (Foto: Divulgação/Governo do Japão)

Mesmo depois da confirmação dos Jogos Olímpicos em 2021, a novela do adiamento das Olimpíadas devido à pandemia de coronavírus continua. Presidente do comitê organizador de Tóquio, Yoshiro Mori sugeriu um adiamento de dois anos e afirmou que a nova data foi uma “aposta”, segundo informou o portal The Asahi Shimbun.

Em entrevista ao veículo, Mori contou que se reuniu com o primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, meia hora antes da conferência com Thomas Bach, presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), que definiu a nova data dos Jogos, e que teria sugerido um adiamento de dois anos das Olimpíadas, preocupado com a possibilidade de o surto de coronavírus ainda não ter sido superado totalmente no ano que vem. O Primeiro Ministro, porém, estava confiante de que o Japão seria capaz de controlar os surtos com uma nova vacina.

“Eu senti que ele apostou em 2021”, disse Mori, que também já foi primeiro ministro do Partido Democrata Liberal de Abe e que ressaltou uma questão de bastidor importante.

O mandato de Abe termina em setembro do ano que vem e com um adiamento de dois anos, os Jogos Olímpicos não aconteceriam com ele no poder. Mori chegou a questioná-lo sobre o assunto, mas o Primeiro Ministro disse para ele “não se preocupar muito com isso”.

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Por fim, o presidente do comitê organizador de Tóquio concordou com o adiamento em um ano, considerando que seria melhor para o COI não precisar realizar dois eventos olímpicos em um mesmo ano, já que as Olimpíadas de Inverno de Pequim serão em 2022, e disse que não está pensando na possibilidade de o surto de coronavírus não ter sido controlado até julho de 2021.

“Não quero pensar nisso agora. Apostamos em 2021. A humanidade seria extinta se não houvesse avanço da ciência e da tecnologia”, completou Mori.

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