Os relógios da contagem regressiva foram redefinidos e estão marcando novamente os dias que faltam para Tóquio 2020. É oficial, faltam 479 dias, a partir desta terça-feira (31), para a Cerimônia de Abertura da Olimpíada.
Espalhados pela capital japonesa, os relógios foram ligados quase que imediatamente depois que os organizadores anunciaram as novas datas dos Jogos: a Olimpíada de 23 de julho a 8 de agosto de 2021, e a Paralimpíada de 24 de agosto a setembro de 2021.
479 dias, isso pode parece muito distante, mas também é uma prazo pequeno e insignificante em comparação com as consequências mundiais da pandemia de coronavírus. E não é muito tempo para remontar toda a logística da primeira Olimpíada a ser adiada desde que os jogos modernos começaram 124 anos atrás.
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Também não é muito tempo para os 11.000 atletas olímpicos 4.400 atletas paralímpicos que precisam estar aptos a competirem em alto nível, muito menos para patrocinadores, emissoras de televisão, fãs que já compraram ingressos, organizadores e contribuintes japoneses que já gastaram bilhões e terão que pagar mais ainda por causa do revés do adiamento de Tóquio 2020.
“Acredito que essa Olimpíada terá grande significado histórico”, disse Yoshiro Mori, presidente do comitê organizador de Tóquio, em coletiva logo depois de confirmar as novas datas.
Mori, um ex-primeiro-ministro japonês de 82 anos, também lembrou que não há garantia de que a pandemia de coronavírus esteja sob controle daqui a um ano.
Abertura fará referência à pandemia
O produtor executivo da Cerimônia de Abertura de Tóquio 2020, Marco Balich, disse que a crise provocada pelo coronavírus deve ser referenciada no evento, pois é a razão pela qual a Olimpíada foi adiada.
Em sua rede social, Balich disse que os preparativos para as Cerimônias de Abertura e Encerramento estavam quase completos antes que o coronavírus interrompesse os preparativos e os ensaios.
“Acho que a Cerimônia Olímpica, que é uma janela de toda a humanidade, terá que refletir de alguma forma ou referenciar o que aconteceu”, disse ele à Reuters em entrevista.
“Já tínhamos protótipos e começamos os ensaios, estávamos em muito boas condições. Acho que, dada essa decisão difícil, o que nossa equipe de cerimônias pode fazer agora é atualizar a Cerimônia de Abertura de Tóquio 2020, uma oportunidade única de repensar e torná-la a maior festa com valores olímpicos”, finalizou Marco Balich.