A Força Tarefa Tóquio 2020, criada na quarta-feira (25) para lidar com o adiamento dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos para 2021 por conta da pandemia do coronavírus, realizou a primeira reunião nessa quinta-feira (26), com o objetivo de resolver um problema que nenhum outro comitê organizador teve que enfrentar na história.
Dois dias após o primeiro adiamento dos Jogos Olímpicos da história, o Presidente da Tóquio 2020 Yoshirō Mori ditou o tom que será adotado logo em seu discurso inicial do lançamento da força tarefa.
“Eu li no jornal nesta manhã que o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacional), Thomas Bach, disse nós estamos no meio de um desafio sem precedentes, e é exatamente isso que estamos vivendo. Em resumo, todo o trabalho feito ao longo desses sete anos foi bruscamente interrompido e agora temos que começar tudo outra vez, tendo que terminar tudo em seis meses. Vai ser muito difícil”, declarou Mori.
Primeiro datas e instalações
A primeira e mais importante questão que a força tarefa terá que resolver é a questão das datas em 2021. O COI e o comitê organizador já haviam dito que os Jogos podem ser realizados em qualquer data, não necessariamente no verão do hemisfério norte do ano que vem.
“Sem as datas, é simplesmente impossível decidir e executar qualquer coisa. Também será igualmente importante garantir todas as instalações – não só as 43 arenas de competições – que estavam reservadas para os Jogos Olímpicos do ano que vem,” declarou Toshiro Muto, CEO da Tóquio 2020.
A intenção é divulgar a nova data em até um mês. De acordo com informações divulgadas pela imprensa japonesa e inglesa, a ideia inicial é que os Jogos sejam entre julho e agosto do ano que vem, algo similar ao que estava programado para 2020.
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Após resolver as duas questões cruciais, a força tarefa poderá focar no resto, que inclui desde voluntários, acomodações, segurança, ingressos, etc. Há milhares de contratos que não podem ser rasgados. Muto deixou claro que tudo isso não ficará barato.
“Tudo isso trará custos adicionais. E nós esperamos que sejam enormes. Estamos lidando com o primeiro adiamento dos Jogos Olímpicos da história. A tarefa é assustadora”, declarou o CEO.
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Segundo o jornal financeiro japonês Nikkei, esses custos adicionais girariam em torno de 2.7 bilhões de dólares (cerca de 13.7 bilhões de reais). Isso seria acrescentado ao orçamento inicial de 12.6 bilhões de dólares ( 63 bilhões de reais). Uma agência de auditoria japonesa, entretanto, disse que o real valor do adiamento é cerca de duas vezes mais do que isso.