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Tóquio 2020

Adiamento pode dar nova chance a brasileiros pegos no doping

Suspensos após serem flagrados em exames antidoping, Rafaela Silva, Andressa Morais e Kacio Freitas podem ser beneficiados na corrida olímpica

Rafaela Silva pode ser beneficiada com o adiamento dos Jogos de Tóquio
Rafaela Silva é uma das atletas que podem ser beneficiadas com o adiamento (Foto: Roberto Castro/rededoesporte.gov.br)

Os brasileiros pegos no doping podem receber uma nova chance com o adiamento dos Jogos de Tóquio. A Agência Internacional Antidoping (WADA, sigla em inglês) anunciou que as punições não serão pausadas ou prolongadas, decisão que beneficia ao menos dois atletas do Brasil que estão suspensos e são candidatos à medalha em Tóquio.

“Os períodos de inelegibilidade impostos pelo Código Mundial Antidopagem são por períodos específicos e incluem todas as competições que ocorrem durante esse período. Não há nenhuma disposição no Código para Organizações Antidopagem para escolher períodos de tempo nos quais o atleta teria mais ou menos eventos para competir”, escreveu a Wada em nota.

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No cenário mundial, inúmeros atletas candidatos ao pódio nos Jogos de Tóquio vão receber mais uma chance. Entre os brasileiros, estão Rafaela Silva, do judô, Andressa Morais, do atletismo, e Kacio Freitas, do ciclismo, são os destaques.

Rafaela Silva

A judoca carioca foi flagrada no exame antidoping durante os Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, e foi suspensa por dois anos pelo uso da substância fenoterol, que funciona como broncodilatadora e ajuda no tratamento de problemas respiratórios. Ela perdeu a medalha de ouro conquistada no evento peruano.

Suspensa até agosto de 2021, Rafaela torce para que sua defesa consiga diminuir a pena em pelo menos seis meses para que possa buscar a classificação aos Jogos de Tóquio e defender o ouro conquistado na Rio 2016.

Andressa Morais

Andressa Morais perdeu a medalha do Pan de Lima (Foto: Wander Roberto/COB)

A paraibana quebrou o recorde sul-americano do lançamento de disco nos Jogos Pan-Americanos de Lima e levou a prata. Ela perdeu a marca e precisou devolver a medalha meses depois, quando saiu o resultado do exame antidoping realizado na competição e testou positivo para uma substância anabolizante.

A paraibana está suspensa preventivamente pela Unidade de Integridade do Atletismo e aguarda julgamento para saber quanto tempo ficará fora das competições. O lançamento de 65,98m nos Jogos Pan-Americanos esteve entre as 15 melhores performances do mundo na modalidade em 2019. No Mundial de Doha, prova em que a brasileira já estava suspensa, a marca renderia o quarto lugar.

Kacio Freitas

Kácio Freitas foi pego no doping e perdeu a medalha do Pan de Lima (Foto: Abelardo Mendes Jr/ rededoesporte.gov.br)

O ciclista Kacio Freitas foi o primeiro brasileiro flagrado no doping após os Jogos Pan-Americanos de Lima, onde foi bronze por equipes e quinto colocado na prova de sprint. Ele, Flávio Cipriano e João Vitor perderam a medalha.

Assim como Andressa, Kacio Freitas está suspenso preventivamente e aguarda a decisão final para saber quanto tempo ficará fora das competições.

Outros casos

Bia Haddad está prestes a retornar às quadras (Foto: Divulgação)

Além do trio já abordado, Beatriz Haddad Maia e Gabriel Santos também podem ser beneficiados. O nadador foi liberado para competir recentemente, já a tenista está prestes a encerrar seu período de punição.

Bia Haddad está suspensa até maio e não poderia estar no Jogos de Tóquio, porque perdeu várias posições no ranking da WTA durante os meses de ausência. Atualmente na 285ª posição do tênis feminino mundial, a brasileira precisou subir na classificação para ir a Tóquio. Vão para as Olimpíadas as 56 melhores ranqueadas, sendo que cada país pode ter apenas dois representantes. Bia Haddad ainda pode representar o Brasil na chave de duplas.

Gabriel Santos, por sua vez, foi absolvido pelo Tribunal Arbitral do Esporte em fevereiro, após um ano de punição. O nadador teria dois meses de preparação para a seletiva olímpica, mas, com o adiamento dos Jogos, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos cancelou provisoriamente a competição classificatória.

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