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Tóquio 2020

Calderano aprova adiamento dos Jogos: “Eles não tinham escolha”

Em quarentena na Alemanha, carioca de 23 anos vê sensatez em mudança e espera que evento em 2021 seja celebração da superação mundial do coronavírus

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(Foto: Divulgação/ITTF)

Sétimo colocado do ranking mundial de tênis de mesa, Hugo Calderano aprovou a decisão tomada em conjunto pelo governo japonês e o Comitê Olímpico Internacional (COI) de adiar para 2021 a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em virtude da pandemia de coronavírus. O evento, que começaria no próximo dia 24 de julho, ainda não tem uma nova data.

“Acho que a decisão de adiar os Jogos foi correta mesmo. Acho também que eles não tinham muita escolha. Mesmo que o vírus já tivesse ido embora até a data do Jogos Olímpicos, os atletas não teriam se preparado da melhor forma possível. O vírus só está chegando agora tanto na América Latina como na África, então seria muito difícil organizar os Jogos da forma como devem ser organizados. Acho que foi a decisão correta e em um tempo bom”, afirmou.

Hugo Calderano havia assegurado presença em Tóquio com a conquista da medalha de ouro individual nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em 2019 – no mesmo evento, do qual saiu invicto, ele também foi campeão de duplas masculinas e levou o bronze por equipes. Esta será a sua segunda participação olímpica, após ficar na nona posição na Rio 2016, igualando o melhor resultado brasileiro na modalidade.

“Espero muito que os Jogos de Tóquio em 2021 sejam bem-sucedidos. Com certeza, seria uma grande celebração da superação mundial do coronavírus. Seria uma festa maior ainda do que já é, uma Olimpíada depois de tudo isso que estamos passando”, projetou o carioca de 23 anos.

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Quarentena

Desde a semana passada, Hugo está em quarentena na cidade de Ochsenhausen, na Alemanha, onde vive há quase seis anos e defende o Liebherr Ochsenhausen. Até esta terça-feira (24), o país já tinha registrado cerca de 33 mil casos e 157 mortes provocadas pelo coronavírus.

“Foi bem difícil manter a motivação nesses primeiros dias, uma sensação bem estranha. Mas agora já sabemos que os Jogos Olímpicos foram adiados, então teremos provavelmente mais um ano de preparação”, projetou Calderano, que já vê formas de aproveitar o período recluso para aprimorar seu jogo.

“Acho que é importante usar essa situação diferente da melhor forma possível, talvez trabalhar alguma coisa que eu não teria oportunidade se estivesse na minha rotina normal, ou focar em algumas outras coisas que eu acho que posso evoluir, mesmo com essas condições”, completou.

Tênis de mesa paralisado

O calendário internacional do tênis de mesa já havia sido interrompido no dia 13 de março. Na ocasião, a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF) anunciou a suspensão de todos os seus eventos até pelo menos o fim de abril, prometendo uma reavaliação constante do cenário que poderia levar à prorrogação do prazo.

Antes da decisão, a entidade já havia adiado o Campeonato Mundial por equipes do fim de março para 21 a 28 de junho, na Coreia do Sul. Entre as demais competições afetadas estão uma etapa Platinum do Circuito Mundial e quatro Pré-Olímpicos.

A Bundesliga, liga alemã de tênis de mesa, também havia tomado decisões importantes em virtude do coronavírus: cancelou a última rodada da fase de classificação, marcada para 13 de abril, e suspendeu os playoffs pelo menos até o dia 17 do mesmo mês. Ainda não há uma posição definitiva sobre as datas de semis e final.

Como os semifinalistas da liga já estavam definidos, o cancelamento da última rodada não provocou prejuízos às equipes. O Liebherr Ochsenhausen, time que Hugo Calderano defende, se classificou na terceira posição e enfrentará Borussia Düsseldorf na disputa por uma vaga na final. Do outro lado da chave está o duelo entre Saarbrücken-TT e Werder Bremen.

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