Garantidas nos Jogos Olímpicos de Tóquio, as parcerias formadas por Bruno/Evandro, Ana Patrícia/Rebbecca, Alison/Álvaro, e Ágatha/Duda serão as representantes do Brasil no vôlei de praia. Em conjunto com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), os atletas e seus treinadores estão de acordo com a mudança de data da Olimpíada para 2021.
Anteriormente prevista para começar no dia 24 de julho deste ano, a competição foi adiada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) por causa da pandemia de coronavírus que abala o mundo e impossibilita os esportistas de realizarem os treinos específicos de suas modalidades.
+ Confira repercussão entre atletas brasileiros
Medalha de prata na Rio-2016, Ágatha, de 36 anos, é uma das mais experientes e revela que não se surpreendeu com a decisão. “Com o passar dos dias, essa decisão foi se tornando algo inevitável. Por todos os problemas que o mundo vive, tantas restrições que estão sendo impostas de maneira necessária. Não fui surpreendida, é a coisa certa a se fazer neste momento. A saúde de todas as pessoas está em primeiro lugar. Agora vamos virar a chave e fazer um novo planejamento pensando em 2021”, declarou a atleta.
Evandro também jogou a Olimpíada passada, no Brasil, torce para que a situação do coronavírus se resolva o quanto antes. “Acho que foi a decisão correta. Jogamos somente um torneio pelo Circuito Mundial, várias etapas foram canceladas ou adiadas, afetando vários atletas. Claro que ficamos tristes, estávamos nos preparando muito forte, mas também fico feliz, pois talvez alguns países não fossem participar, e vidas poderiam estar em risco. Estamos torcendo para a situação se normalizar, que os países possam todos participar. Agora é seguir treinando em casa e aguardar”, disse o jogador.
Aprovação fora de quadra
Para Reis Castro, técnico da dupla Ana Patrícia e Rebecca, se a data não fosse alterada as disputas não seriam no melhor nível.
“Foi a melhor decisão optar pelo adiamento dos Jogos. Cada lugar tem a sua cultura e aqui no Ceará todos estão assustados. Já havíamos cancelado os treinamentos conforme o quadro foi se agravando, e ficamos em casa, em quarentena, como toda a sociedade está fazendo, respeitando esse momento mundial. Se a data fosse mantida, os atletas não iriam chegar com a melhor performance. Agora, após essa fase passar, vamos reprogramar os treinamentos e todos vão chegar a Tóquio com a condição de dar o seu melhor”, afirmou Reis.
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM E NO FACEBOOK
Virgílio Pires, superintendente do Vôlei de Praia da CBV, conta que mantinha contato frequente com os técnicos dos times classificados.
“A decisão foi a mais sensata. Nós vivemos um momento de incertezas no mundo como um todo devido a essa pandemia. Estávamos com os atletas muito angustiados e inclusive já havíamos feito uma consulta a cada técnico dos times classificados e todos foram unanimes em dizer que o adiamento seria o mais acertado. Sabemos que o momento ainda é de incertezas e que vai ser preciso uma adequação em todos os órgãos para que tudo se ajuste e, depois que o calendário for definido, possamos fazer uma nova programação”, destacou o dirigente.