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Tóquio 2020

COB e CPB apoiam adiamento dos Jogos de Tóquio

Já favoráveis à ideia, Comitês Olímpico e Paralímpico do Brasil comemoram a decisão do COI de adiar os Jogos de Tóquio 2020

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(Jonne Roriz/Exemplus/COB)

Após o anúncio oficial do adiamento dos Jogos de Tóquio 2020, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que já haviam se manifestado a favor de uma possível alteração de data, comemoraram a mudança morivada pelo coronavírus.

“Sempre tivemos confiança de que o presidente Thomas Bach seria capaz de liderar com serenidade e segurança o Movimento Olímpico nesse momento histórico. Os atletas são o centro das preocupações do COB e do COI e, por isso, a comunidade olímpica do Brasil está bastante satisfeita com a decisão”, disse o presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira.

Ele destacou também que todos os esforços do Brasil e do mundo devem estar concentrados agora no combate à pandemia. “Estaremos todos juntos nessa luta contra um adversário perigoso. Usando da resiliência, coragem e trabalho em equipe, tantos valores que o esporte nos ensina, seremos capazes de vencer juntos o novo coronavírus”.

O diretor-geral do COB, o campeão olímpico Rogério Sampaio, também se manifestou. “Vamos continuar o trabalho de preparação da delegação com base no que já havíamos feito para julho deste ano. Mas, é claro, trata-se de uma situação nova em que temos diversas questões que precisamos buscar respostas. Teremos que replanejar, fazer novos estudos, falar com nossos patrocinadores e fornecedores, conversar com as nossas bases no Japão, entre outros. Seguiremos trabalhando para oferecer uma estrutura de excelência ao Time Brasil”.

Apesar do adiamento oficial, o COI ainda não definiu uma nova data para a realização dos Jogos. O evento, que ocorreria a partir de 24 de julho de 2020, tem como nova data limite o verão de 2021 no hemisfério norte. Mesmo assim, será mantido o nome de Jogos Olímpicos e Paralímpicos Tóquio 2020.

“Ainda precisamos aguardar a definição da nova data, pois o prazo até o verão de 2021 no hemisfério norte não significa necessariamente que será no mesmo período que seria em 2020, pode ser até antes. Com essa informação teremos mais segurança para readequar o planejamento e definir novos prazos de modo a  garantir que nossos atletas tenham as melhores condições de preparação, qualificação e performance nos Jogos”, afirma o vice-presidente do COB e Chefe de Missão nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Marco Antônio La Porta.

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CPB apoia a decisão

Nos últimos dias, o COB e o CPB (Comitê Paralímpico Brasileiro) já haviam manifestado publicamente a preferência pelo adiamento devido à dificuldade dos atletas em manterem seu melhor nível competitivo em meio à paralisação dos treinos e competições em escala global.

Após a confirmação, o presidente do CPB, Mizael Conrado, comemorou a decisão e parabenizou o Comitê Paralímpico Internacional e o Comitê Organizador japonês.

“Eles nos mostram que os valores do esporte são preservados. E o ser humano, de acordo com esses valores, estão sempre em primeiro lugar. Eu não tenho dúvida que o movimento esportivo, especialmente os atletas, darão sua resposta, até em reconhecimento ao respeito das nossas organizações, nos Jogos de 2021”, afirmou Mizael. “Transformaremos a capital japonesa na capital do mundo e faremos do esporte um ponto importante da recuperação da nossa sociedade, tanto do ponto de vista econômico, quanto, principalmente, da recuperação da autoestima dos nossos povos depois de tão grave crise que nos assola neste instante.”

Confederações brasileiras comemoram

Diversas confederações brasileiras também já se mostravam favoráveis a uma mudança na data de realização da Olimpíada de Tóquio e apoiavam a posição do COB. Depois da oficialização da suspensão por conta do coronavírus, as entidades comemoraram a decisão e confirmaram o compromisso com os Jogos no ano que vem.

“Diante do cenário que o mundo vive hoje, essa é, certamente, uma decisão acertada. Os Jogos são, em essência, uma comunhão entre povos. Nesse momento, o foco maior das nações pelo mundo deve ser no sentido de contermos essa pandemia. Quando tudo isso passar, as Olimpíadas, com a tão aguardada estreia do skate, serão um marco de alegria e comunhão mundial”, destacou Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk).

“Acreditamos que postergar para 2021 foi a melhor estratégia, pois teremos até lá uma situação favorável e controlada. A prioridade principal é a saúde e o bem-estar dos atletas para que a prática do olimpismo seja feita da melhor forma”, comentou João Tomasini Schwertner, presidente da Confederação Brasileira de Canoagem (CBCa).

“É uma decisão sensata que veio ao encontro de uma expectativa de todos”, opinou Silvio Acácio Borges, presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ). “Para o atleta, sobretudo, foi uma grande decisão. No geral, vejo de forma muito positiva esse adiamento. Não se poderia esperar algo diferente diante das consequências graves dessa pandemia”, concluiu, sobre o problema com o coronavírus.

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