Os oito atletas da seleção brasileira de tiro esportivo sub-21 convocada para os Jogos Pan-Americanos Júnior Cali 2021 tem um desafio antes do embarque para a Colômbia. Brenda Pereira, Caio de Almeida, Gabriel Nery, Geovana Meyer, Leonardo Castro, Maria Eduarda Costa, Rômulo Kelm e Sara Lais da Rosa disputam, nesta terça-feira (23), a final do Campeonato Brasileiro Júnior no Rio de Janeiro.
Após a definição dos vencedores nacionais, a equipe segue no dia seguinte para o primeiro evento do ciclo olímpico para Paris 2024 e que vale vagas para os Jogos Pan Americanos Santiago 2023. Além dos oito atletas, a delegação de tiro esportivo terá ainda o técnico Luiz Bork e o Chefe de Equipe James Walter Lowry Neto.
Tiro Esportivo nos Jogos Pan-Americanos Júnior
Brenda Pereira
Tetracampeã mineira e brasileira juvenil na Carabina de Ar, de 2017 a 2020, além de mais de dez recordes brasileiros juvenil e júnior. Essa é Brenda Pereira, de 17 anos, que nasceu em Manhuaçu, a 290km da capital mineira, e desde 2019 integra a seleção brasileira júnior da CBTE. “Sempre quis ser atleta. Em 2017 comecei na Carabina de mira aberta até que em 2018 consegui a primeira Carabina de Ar. Estou muito empolgada em participar desse Pan, que é um grande evento. Tenho certeza que vai ser uma oportunidade incrível. Posso garantir que vou me empenhar ao máximo para fazer a melhor pontuação possível”.
Caio Almeida
Aos 17 anos, Caio de Almeida, está no terceiro ano do colegial e também faz o curso técnico de mecânica. Paulista de Bauru, começou no tiro esportivo por influência do pai, Cleriston Almeida, que também compete na Pistola de Ar e vai disputar o Brasileiro no Rio. “Sempre que entro numa competição procuro dar o melhor, e não vai ser diferente no Pan. Tenho que colocar em pratica o que venho treinando. Meu objetivo inicial é ficar entre os oito primeiros e conseguir uma vaga na final”, afirma.
Gabriel Nery
Já o brasiliense Gabriel Nery, de 19 anos, tricampeão brasileiro juvenil (2015 a 2017), vai competir na Pistola de Ar. Ele treina duas vezes por dia, um dos seus hobbies é a pescaria, tem como ídolo o medalhista olímpico Felipe Wu e está no segundo período da Faculdade de Ciência da Computação. “Estou muito feliz em participar dessa primeira edição do Pan defendendo o Brasil. Espero obter um bom resultado para o nosso país, tenho certeza que todos os atletas estão se dedicando bastante em seus treinamentos, para que o Brasil tenha grandes resultados em todas as modalidades”.
Geovana Meyer
Para Geovana Meyer, que vai competir na Carabina de Ar, o tiro é uma herança de família. Os avós atiravam e os pais também. “Nos últimos três anos passei a competir com os adultos. Isso me amadureceu, deu mais experiência e os resultados melhoraram. Sempre procuro fazer o melhor possível e o resultado é uma consequência. No Pan vou me empenhar ao máximo para ficar entre as oito primeiras e garantir uma vaga na final”, explica a catarinense, de 20 anos, pentacampeã brasileira júnior (2016 a 2020) e que cursa o quarto período da faculdade de fisioterapia.
Leonardo Castro
Em 2015, o pernambucano Leonardo Castro, de 20 anos, começou na modalidade incentivado pelo pai Wagner. Mas foi em 2020 que surgiu a primeira oportunidade para competir na Carabina de Ar e realizar seu sonho. O próximo desafio é o Pan. “Vou fazer meu melhor possível, de forma natural e concentrado. Chegar na final será uma consequência dos meus resultados. Gostaria de agradecer minha família, amigos, minha técnica Rosane Budag e tantas outras pessoas que estão tornando esse meu sonho em realidade”, diz Leonardo, que está no quinto período da faculdade de engenharia elétrica.
Maria Eduarda Costa
A caçula da delegação do tiro esportivo é Maria Eduarda Costa, de 15 anos, que vai competir na Pistola de Ar. A paulista iniciou na modalidade em 2019, no Clube dos Ingleses, em Santos, onde treina de segunda a sábado. Antes do tiro esportivo, Duda já praticava o pentatlo moderno. “Me sinto muito grata por toda trajetória que venho fazendo no esporte. Essa vaga no Pan veio para me mostrar que realmente vale a pena lutar por aquilo que você acredita. Estou imensamente feliz. Espero conseguir bons resultados e depois pensar numa medalha em Cali. Não é impossível”, destaca.
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Rômulo Kelm
Feliz com a oportunidade de disputar os Jogos Pan-Americanos Júnior, o mato-grossense Rômulo Kelm garante estar empolgado. “É uma grande conquista ter conseguido a vaga e não imaginava que o tiro esportivo me levaria tão longe. Espero que essa competição sirva como um incentivo a mais para futuros desafios”, diz o atleta de 20 anos, que vai disputar a prova de Carabina de Ar. Porém, até o fim de 2018, Rômulo tinha o tiro esportivo apenas como hobby. A partir de 2019 passou a treinar com mais seriedade e, desde o ano passado, tem como técnica Rosane Budag. Os estudos também fazem parte do seu dia a dia e está cursando a Faculdade de Agronegócios.
Sara Laís da Rosa
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A catarinense Sara Lais da Rosa, de 19 anos, começou no tiro esportivo em 2018. No ano seguinte, passou a competir nos campeonatos estaduais e brasileiros na Pistola de Ar. Desde que conquistou a vaga para o Pan, em março desse ano, vem treinando de segunda a sábado cerca de duas horas e meia por dia. No último mês de setembro, a atleta participou pela primeira vez do Campeonato Mundial Júnior, disputado em Lima, no Peru. “O caminho não foi fácil até chegar aqui, mas sempre acreditei em mim. Estou muito feliz em participar desse evento representando meu país. Espero alcançar um bom resultado e despertar o interesse pelo tiro esportivo em outros jovens”.