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Brasileiros disputam Mundial de Tiro Esportivo por vaga em Tóquio

Brasil no Mundial de Tiro Esportivo Paralímpico
(divulgação/CPB)

O Brasil será representado por quatro atiradores no Campeonato Mundial de Tiro Esportivo Paralímpico em Sydney, Austrália, a partir deste sábado (12). Esta competição vale vaga direta para os Jogos de Tóquio 2020. Cerca de 300 atletas de 58 países participam do evento que é a maior edição de todos os tempos da modalidade. As disputas seguem até o dia 18.

Os brasileiros que competem no Mundial de Tiro Esportivo Paralímpico em busca da medalha inédita no de vagas para os Jogos de Tóquio 2020 são Alexandre Galgani, Débora Campos, Carlos Garletti, Geraldo Rosenthal. Ao todo, 41 provas terão disputa de medalhas em Sydney.

Vale ressaltar que o paulista Alexandre Galgani já conquistou vaga para a competição na capital japonesa na prova R5 – carabina de ar 10m deitado SH2 no início deste ano.

No mês de agosto, o tiro esportivo paralímpico estreou no programa dos Jogos Parapan-Americanos, em Lima, no Peru. O Brasil conqusitou dez medalhas, sendo duas de ouro, cinco de prata e três de bronze.

Brasil no Mundial de Tiro Esportivo Paralímpico

ALEXANDRE AUGUSTO GALGANI
Nascimento
: 25/04/1983, Sumaré (SP)
Peso: 87kg
Altura: 1,90m
Classe: SH2
Com 18 anos, Galgani mergulhou em uma piscina, bateu a cabeça no fundo e sofreu uma lesão na coluna, que o fez perder os movimentos do corpo. Alexandre sempre esteve em contato com o tiro ao brincar com carabinas de chumbinho. Em 2013, conheceu o treinador da Seleção Brasileira, James Neto, e foi a Curitiba (PR) para receber orientações sobre o esporte. O contato com o profissional deixou o atleta empolgado e desde então aumentou a sua rotina de treinos. Alexandre é o primeiro atleta brasileiro classificado para os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
Principais conquistas: prata na carabina de ar 10m misto nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

CARLOS HENRIQUE PROKOPIAK GARLETTI
Nascimento
: 29/11/1974, São Caetano do Sul (SP)
Peso: 70kg
Altura: 1,70m
Classe: SH1
Garletti voava sozinho de parapente quando sofreu um acidente durante a aterrissagem, em 2002. O forte impacto com o solo provocou uma fratura na lombar, que diminuiu a força de suas pernas. Ele, que sempre gostou de atirar, passou a se dedicar ao tiro esportivo em 2003.

Principais conquistas: prata na carabina 50m mista nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

DÉBORA DA SILVA RODRIGUES CAMPOS
Nascimento
: 04/10/1975, Itaboraí (RJ)
Peso: 54kg
Altura: 1,60m
Classe: SH1
Em julho de 1987, Débora foi atropelada em Itaboraí (RJ) e dez meses depois, devido a uma complicação, teve a perna direita amputada. Durante o período de recuperação, quando ainda era criança, a fluminense radicada em Curitiba (PR) brincava de espingarda de chumbinho. Ficou sem ter contato com o tiro por muito tempo, quando em 2009, em uma conversa informal com um colega, descobriu que ele praticava o esporte. Após alguns meses de treino, conquistou a medalha de ouro no Campeonato Brasileiro da modalidade.
Principais conqusitas: prata na pistola de ar 10m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

GERALDO VON ROSENTHAL
Nascimento
: 13/02/1975, Campo Bom (RS)
Peso: 135kg
Altura: 1,86m
Classe: SH1
No tiro esportivo há mais de uma década, Geraldo Rosenthal praticava a modalidade apenas por hobby. Com má-formação congênita na mão direita, chamada de síndrome de Poland, ele não conseguia competir com atiradores convencionais. Em 2007, o gaúcho conheceu Carlos Garletti e passou a competir nos campeonatos paralímpicos. O atleta fez história na Tailândia, em 2013, ao ser o primeiro brasileiro a conquistar um ouro em uma etapa de Copa do Mundo.
Principais conquistas: ouro na pistola 50m e na pistola de ar 10m e prata na pistola 25m nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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