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Brasil não supera “maldição” do nono lugar em Olimpíada

Marcus D’Almeida e Ana Luiza Caetano, tanto no individual quanto juntos nas duplas, caíram nas oitavas de final em Paris igualando resultado do país da Rio-2016. Paralímpicos pararam nas quartas

Marcus D'Almeida e Ana Luiza Caetano - do tiro com arco - dos Jogos Olímpicos de Paris-2024 olimpíada
Marcus D'Almeida e Ana Luiza Caetano (Miriam Jeske/COB)

O tiro com arco brasileiro saiu da Olimpíada de Paris com resultados expressivos nos três torneios em que esteve presente. Porém, uma marca já pode ser vista como uma “maldição”: o nono lugar. O resultado é o melhor do país na modalidade, conquistado pela primeira vez na Rio-2016. Este ano, na França, Marcus D’Almeida e Ana Luiza Caetano no individual e, juntos, nas duplas, ficaram a uma vitória de superá-la, porém o nono lugar voltou a se repetir nas três chances. Já na Paralimpíada, o Brasil não conseguiu superar as quartas de final.

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A primeira oportunidade de superar o nono lugar olímpico foi nas duplas mistas. Marcus D’Almeida e Ana Luiza Caetano perderam na primeira rodada, já as oitavas de final. Ainda assim, é um resultado marcante, pois o Brasil nunca tinha se classificado para a chave eliminatória das duplas mistas. A vaga só foi possível graças ao desempenho de ambos no ranqueamento individual, com dois resultados pessoais inéditos.

Ana Luiza Caetano tiro com arco Paris 2024 Jogos Olímpicos Olimpíada Marcus D'Almeida duplas mistas torcida
(Alexandre Loureiro / COB)

Mais dois nonos lugares

No dia seguinte, foi a vez de Ana Luiza Caetano disputar o fase final do individual feminino. Ela venceu de virada as duas primeiras adversárias. A seguir, nas oitavas, perdeu para a francesa Lisa Barbelin. O combate era duro, porque além de toda a torcida, Barbelin era a 11ª do ranking mundial e Ana, a 63ª. Ainda assim, saiu com marcas memoráveis. Cravou 660 pontos no ranqueamento, etapa que antecede o mata-mata, melhor resultado da carreira dela e de uma brasileira em competições internacionais.

Marcus D’Almeida foi para a linha de tiro disputar a chave eliminatória masculina no último dia do longo torneio de tiro com arco da Olimpíada. O brasileiro chegou credenciado como o número um do mundo e tinha tudo para superar o fatídico nono lugar. Porém, como fez um ranqueamento abaixo do esperado, acabou tendo de cruzar com o sul-coreano Kim Woojin nas oitavas, confronto que pode ser visto como uma final antecipada. Woojin levou a melhor e foi campeão da Olimpíada. Ao brasileiro, restou o consolo de ter feito o melhor ranqueamento dele em Jogos, aperar de abaixo do esperado.

Ana Luiza Caetano tiro com arco paris olimíada de paris 9º lugar nono lugar oitavas de final
(Miriam Jeske/COB)

Paralímpicos

Na Paralimpíada, a expectativa era de medalha, especialmente para Jane Karla. O Brasil nunca conquistou um pódio no tiro com arco paralímpico. Chegou perto, um quarto lugar na Rio-2016. E não foi em Paris. O melhor resultado foram três quartas de final. Duas vezes com Jane Karla, na individual e ao lado de Reinaldo Charão nas duplas mistas, ambos no composto, e Juliana Cristina da Silva e Eugênio Franco na classe W1.

Reinaldo Charão e Jane Karla no tiro com arco misto dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024
Reinaldo Charão e Jane Karla (Wesley Felix/OTD)

Brasil, América e Mundo

No Brasil, Marcus D’Almeida e Ana Luiza Caetano seguiram dominantes. Ambos foram campeões nacionais do arco recurvo no individual, sendo que ela sagrou-se tricampeã e Marquinhos venceu o torneio pela 11ª vez consecutiva. Juntos, foram campeões nas duplas mistas do arco recurvo no Pan-Americano. No Sul-Americano, mais dois ouros para eles, no individual, e outro para Lucas Abreu, este no composto. Por fim, na final da Copa do Mundo, Marquinhos foi bronze.

No Parapan-Americano de tiro com arco, o Brasil foi o campeão geral após conquistar seis medalhas de ouro, sendo duas delas com Jane Karla. Vieram também mais quatro pratas e quatro bronzes.

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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