O tiro com arco brasileiro saiu da Olimpíada de Paris com resultados expressivos nos três torneios em que esteve presente. Porém, uma marca já pode ser vista como uma “maldição”: o nono lugar. O resultado é o melhor do país na modalidade, conquistado pela primeira vez na Rio-2016. Este ano, na França, Marcus D’Almeida e Ana Luiza Caetano no individual e, juntos, nas duplas, ficaram a uma vitória de superá-la, porém o nono lugar voltou a se repetir nas três chances. Já na Paralimpíada, o Brasil não conseguiu superar as quartas de final.
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A primeira oportunidade de superar o nono lugar olímpico foi nas duplas mistas. Marcus D’Almeida e Ana Luiza Caetano perderam na primeira rodada, já as oitavas de final. Ainda assim, é um resultado marcante, pois o Brasil nunca tinha se classificado para a chave eliminatória das duplas mistas. A vaga só foi possível graças ao desempenho de ambos no ranqueamento individual, com dois resultados pessoais inéditos.
Mais dois nonos lugares
No dia seguinte, foi a vez de Ana Luiza Caetano disputar o fase final do individual feminino. Ela venceu de virada as duas primeiras adversárias. A seguir, nas oitavas, perdeu para a francesa Lisa Barbelin. O combate era duro, porque além de toda a torcida, Barbelin era a 11ª do ranking mundial e Ana, a 63ª. Ainda assim, saiu com marcas memoráveis. Cravou 660 pontos no ranqueamento, etapa que antecede o mata-mata, melhor resultado da carreira dela e de uma brasileira em competições internacionais.
Marcus D’Almeida foi para a linha de tiro disputar a chave eliminatória masculina no último dia do longo torneio de tiro com arco da Olimpíada. O brasileiro chegou credenciado como o número um do mundo e tinha tudo para superar o fatídico nono lugar. Porém, como fez um ranqueamento abaixo do esperado, acabou tendo de cruzar com o sul-coreano Kim Woojin nas oitavas, confronto que pode ser visto como uma final antecipada. Woojin levou a melhor e foi campeão da Olimpíada. Ao brasileiro, restou o consolo de ter feito o melhor ranqueamento dele em Jogos, aperar de abaixo do esperado.
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Paralímpicos
Na Paralimpíada, a expectativa era de medalha, especialmente para Jane Karla. O Brasil nunca conquistou um pódio no tiro com arco paralímpico. Chegou perto, um quarto lugar na Rio-2016. E não foi em Paris. O melhor resultado foram três quartas de final. Duas vezes com Jane Karla, na individual e ao lado de Reinaldo Charão nas duplas mistas, ambos no composto, e Juliana Cristina da Silva e Eugênio Franco na classe W1.
Brasil, América e Mundo
No Brasil, Marcus D’Almeida e Ana Luiza Caetano seguiram dominantes. Ambos foram campeões nacionais do arco recurvo no individual, sendo que ela sagrou-se tricampeã e Marquinhos venceu o torneio pela 11ª vez consecutiva. Juntos, foram campeões nas duplas mistas do arco recurvo no Pan-Americano. No Sul-Americano, mais dois ouros para eles, no individual, e outro para Lucas Abreu, este no composto. Por fim, na final da Copa do Mundo, Marquinhos foi bronze.
No Parapan-Americano de tiro com arco, o Brasil foi o campeão geral após conquistar seis medalhas de ouro, sendo duas delas com Jane Karla. Vieram também mais quatro pratas e quatro bronzes.
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