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Paris 2024

Felicidade guia Ana Luiza para estreia com desempenho da vida

Ana Luiza Caetano debuta em Jogos com melhor resultado internacional da carreira, mas segue pensando flecha a flecha

Ana Luiza Caetano tiro com arco Paris 2024 Jogos Olímpicos Olimpíada Marcus D'Almeida
(Miriam Jeske/COB)

Paris – O que leva um atleta a cravar o melhor resultado internacional da vida logo na primeira vez em que pisa o sagrado solo olímpico? Ana Luiza Caetano afirma que é a felicidade. Foi guiada por ela, que a brasileira de apenas 22 anos registrou o recorde pessoal de 660 pontos na estreia do tiro com arco dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foi nesta quinta-feira (22), na fase de ranqueamento da competição individual feminina realizada na Esplanade des Invalides da capital francesa. Apesar do desempenho marcante, a carioca mantém os pés no chão para a sequência do torneio.

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“Muito bom começar assim. Estava muito feliz, é um sonho. Lutei muito para estar aqui, então abracei essa felicidade e ela que me guiou a competição inteira”, disse Ana Luiza Caetano, logo após sair da baia 19 da linha de tiro. O resultado dá um pouco mais de confiança, mas não altera a mentalidade que trouxe para Paris. “Vim pra fazer o meu melhor, atirar flecha por flecha, cada uma delas no intuito de acertar o mais perto do centro possível. (O bom resultado) dá um pouco mais de tranquilidade, talvez, para o primeiro, segundo combate, mas é outro jogo, outra competição. Completamente diferente.”

Ana Luiza Caetano tiro com arco Paris 2024 Jogos Olímpicos Olimpíada Marcus D'Almeida
(Miriam Jeske/COB)

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Próxima fase

Ela refere-se à sequência do tiro com arco nos Jogos Olímpicos de Paris. Após a fase de ranqueamento, vem a chave eliminatória com duelos diretos entre duas atletas. Como foi a 19ª melhor no ranqueamento, enfrenta a 46ª, a eslovena Zina Pintaric. “Vou para fazer o meu melhor. Apesar de ser um contra o outro, o que importa é eu fazer o meu. Como vou atirar as minhas flechas. Não tem tanta interferência dela como tem, por exemplo, no judô. Minha mentalidade é de entrar para fazer o meu melhor”, diz.

A fase disputada nesta quinta-feira foi dividida em doze séries de seis flechas cada. Ana Luiza conseguiu uma série perfeita, de 60 pontos, na sexta rodada, que a catapultou para o top 12. Porém, algumas flechas ruins depois impediram um resultado ainda melhor. “É flecha por flecha. Depois que atirei a rodada perfeita, respirei fundo e comecei uma série nova. Depois que atirei a série ruim, respirei fundo e comecei uma série nova. Cada flecha importa”, afirmou.

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É Olimpíada, né?

A tática funcionou, tanto que rendeu o melhor resultado internacional na carreira. E com o ‘agravante’ da força da competição, que teve quebra dos recordes olímpico e mundial. “Muito forte! Meu primeiro comentário quando eu vi o resultado foi isso. Numa Copa do Mundo esse ano, com esse resultado, acho que eu teria ficado melhor ranqueada”, comentou, sem lamentos. “Todo mundo aqui tá no pico. É bom demais, muito bom você poder atirar com pessoas que estão atirando bem. Me motiva”.

Ana Luiza Caetano tiro com arco Paris 2024 Jogos Olímpicos Olimpíada Marcus D'Almeida
(Miriam Jeske/COB)

Por fim, o desempenho das atletas nesta quinta-feira conta também para a competição de duplas mistas, onde está ao lado de Marcus D’Almeida. Mas esse é assunto para outro dia. “Não tem muito o que controlar agora, então prefiro focar nisso depois que ele atirar para ter mais uma tarde tranquila pela frente.”

Jornalista com mais de 20 anos de profissão, mais da metade deles na área de esportes. Está no OTD desde 2019 e, por ele, já cobriu 'in loco' os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, os Olímpicos de Paris, além dos Jogos Pan-Americanos de Lima e de Santiago

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