Santiago – Em busca do ouro inédito, o brasileiro Marcus D’Almeida abriu o individual do tiro com arco recurvo dos Jogos Pan-Americanos com a primeira colocação no ranqueamento. Marquinhos, número um do ranking, travou um duelo flecha a flecha contra o estadunidense Brady Ellison, quarto do mundo e recordista mundial, superando o rival após estar cinco pontos atrás. A quarta-feira (1º) teve, ainda, a competição por equipes, com o Brasil chegando na disputa do bronze no masculino e feminino.
Marcus D’Almeida ficou toda a primeira metade da disputa atrás de Brady Ellison. O mexicano Matias Grande, 21º do mundo, também participou da briga. O recorde mundial de Ellison são 702 pontos, marca alcançada no Pan de Lima 2019, sendo, portanto, também recorde da competição. Agora em Santiago, Marquinhos fechou com 689 pontos contra 685 de Ellison e 684 de Matias Grande. Matheus Ely e Matheus Gomes, os outros dois brasileiros na prova, fecharam na 15º (659 pontos) e 19º colocações (653), respectivamente. O ranqueamento define a chave eliminatória que dá sequência ao torneio entre quinta (2) e as finais de domingo (5).
+ Quadro de medalhas dos Jogos de Santiago 2023
Ana Machado
No feminino, Ana Machado foi a mehor brasileira somando 647 pontos. Sarah Nikitin terminou em 11º com 635 e Ane Marcelle Santos fechou na 15ª colocação com 623. A atual campeã Alejandra Valência, do México, foi a melhor com 674. Só um abaixo do recorde Pan-Americano estabelecido por ela mesma em Lima 2019. Casey Kaufgold, dos EUA, registou a mesma pontuação, porém atrás no número de flechas no centro do alvo. Foram 14 contra 16 de Valência.
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O dia no Centro de Tiro con Arco de Santiago 2023, localizado no Parque Peñalolén, foi também para o ranqueamento das equipes mistas. Como Marcus D’Almeida e Ana Machado foram os melhores brasileiros, eles representarão o país neste torneio valendo vaga na Olimpíada de Paris.
Vagas olímpicas em jogo
Além das medalhas, o torneio de tiro com arco recurvo do Pan dá seis vagas individuais para países nos Jogos de Paris 2024. Duas são para o campeão na dupla mista, uma em cada naipe, e as outras quatro para os finalistas individuais masculino e feminino. Caso quem alcançar essas etapas já tenha vaga, elas vão sendo remanejadas para os países seguintes na colocação final até o quarto lugar nas duplas mistas e oitavo no individual. O Brasil já tem uma vaga no individual masculino, conquistada por Marcus D’Almeida no Mundial de agosto. Canadá e Estados Unidos também têm uma cada, no masculino e feminino, respecitvamente, e o México tem três no feminino.
Equipes masculina e feminina
Na competição por equipes masculina e feminina, os dois times brasileiros tiveram campanhas semelhantes na fase eliminatória pós ranqueamento. Ambos venceram o Canadá nas quartas de final e pelo mesmo placar: 5 a 1. As parciais das mulheres foi 49 a 49, depois 49 a 39 e 49 a 42. Os homens aplicaram 57 a 57, 58 a 56 e 58 a 55. No time masculino do Canadá estava o atual campeão pan-americano, Crispin Duenas, algoz de Marcus D’Almeida na final de Lima.
A seguir, nas semifinais, o feminino caiu para o favorito México, que já colocou as três competidoras nos Jogos Olímpicos de Paris no ano que vem. Elas venceram as duas primeiras parciais, por 54 a 52 e 57 a 51, as brasileiras descontaram com 58 a 55 na seguinte, mas as mexicanas fecharam o combate com 53 a 48 na quarta parcial. O masculino perdeu para os EUA depois de vencer o primeiro confronto por 56 a 55. Os norte-americanos, porém, viraram com 58 a 56, 58 a 57 e 59 a 54. As duas disputas pelo bronze serão contra a Colômbia, no sábado (4). O Pan de Santiago não vale vagas olímpicas por equipes. Elas sairão de seletiva continental no ano que vem.