O Brasil conquistou as medalhas de ouro no feminino e no masculino do tiro com arco recurvo por equipes dos Jogos Sul-Americanos de Assunção, no Paraguai. As duas competições foram nesta segunda-feira (3), no Centro Nacional de Tiro con Arco. Tanto Ana Clara Machado, Ane Marcelle dos Santos e Ana Luiza Caetano quanto Marcus D’Almeida, Matheus Quintanilha e Matheus Zwick Ely derrotaram a Colômbia por 5 a 3 nas respectivas finais. Os bronzes foram para chilenas e venezuelanos.
Um pouco mais tarde, no arco composto dos Jogos Sul-Americanos, foram duas medalhas de prata. No feminino, Alexandra Silva, Eiry Nisi e Larissa Oliveira perderam a final para a Colômbia por 236 a 216. No primeiro jogo, já válido pelas semifinais, elas derrotaram o Equador por 223 a 217. No masculino, a chave começou nas quartas onde Luccas Abreu, Rafael Kawakani e Roberval dos Santos derrotaram o Paraguai por 226 a 203. A seguir, um eletrizante 223 a 222 sobre a Argentina e, na final, derrota para a Colômbia por 232 a 227.
+ confira o quadro de medalhas
Ouros no Recurvo
O torneio de tiro com arco recurvo feminino teve quatro seleções, começando pela semifinal. O Brasil derrotou o Chile por 6 a 0 em uma e a Colômbia fez o mesmo placar no Peru na outra. Na final, Ana Clara Machado, Ane Marcelle dos Santos e Ana Luiza Caetano venceram por 53 a 50 a primeira série contra Ana María Martínez, Mariana Quintana e Valentina Perez. A segunda deu Colômbia por 54 a 53 após revisão de um dos tiros colombianos.
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Revisão em campo
Na terceira série, a revisão também mexeu com o resultado. A Colômbia, sempre atirando primeiro, marcou 53 e, a seguir, o Brasil chegou no último tiro precisando de um dez para empatar. Ana Luiza, de apenas 19 anos, conseguiu. A seguir, houve duas conferências em tiros brasileiros. A primeira realocou um nove para dez, o que daria a vitória para o Brasil, porém o dez de Ana Luiza virou nove. Sendo assim, a terceira série ficou empatada em 53 a 53 e o jogo, em 3 a 3. Na quarta parcial, as brasileiras confirmaram o ouro com 54 a 52, fechando a final em 5 a 3.
“Foi muito importante, eu e a Ana nos tornamos bicampeãs, foi muito bom voltar quatro anos depois e sermos campeãs de novo. Começamos muito bem, a classificatória foi muito boa. Isso anima muito para o individual”, disse Ana Luiza, que atira na última posição e foi responsável pela flecha que garantiu a medalha de ouro. “Tem a pressão de ter que fazer alguma pontuação no fim, além da pressão do tempo, que posso ter que acelerar meu tiro. Para mim, essa é a graça. Atirar no começo ou no meio é mais monótono, atirar no fim me anima muito mais.”
Campanha masculina
O tiro com arco recurvo masculino por equipes foi com sete seleções. Marcus D’Almeida, Matheus Quintanilha e Matheus Zwick Ely venceram o Paraguai por 6 a 0 nas quartas de final e, na semi, repetiram o placar contra o Chile. Os colombianos, representados por Andres Solano, Daniel Osorio e Jorge Noreña, derrotaram Argentina e Venezuela por 5 a 4.
Na disputa do ouro, o Brasil venceu a primeira rodada por 53 a 51 e fez 2 a 0 no duelo. O empate veio a seguir com os colombianos anotando dez pontos em cinco dos seis disparos para vencer por 58 a 54 e igualar a decisão em 2 a 2. A regularidade brasileira voltou a se impor na terceira série, vencida por 54 a 51 e levando o Brasil a fazer 4 a 2 na disputa. Na última, as duas equipes caíram produção e empataram em 49 a 49, fechando a decisão em 5 a 3 para o Brasil nos Jogos Sul-Americanos.
Marcus D’Almeida, destaque do time, destacou a importância de ganhar por equipes. “Os meninos são novos, estão chegando agora, e isso mostra a força que a gente tem. Começa com o Sul-americano, vamos subindo até chegar ao nível mundial. Subimos o primeiro degrau, que venha muito mais por aqui”, analisou , que projetou a disputa individual, marcada para esta terça-feira (4). “Espero que eu consiga atirar melhor do que estou atirando aqui até agora. Se eu conseguir isso, provavelmente eu saio com mais uma medalha.”