Técnico da equipe feminina, Hugo Hoyama destaca o equilíbrio da seleção brasileira nos momentos decisivos dos Jogos Sul-Americanos de Cochabamba
Na bagagem como atleta, ele conta quatro Olimpíadas e incontáveis competições internacionais, viagens, vitórias e parcerias que deixaram saudades. Esse é Hugo Hoyama, ex-atleta do tênis de mesa e atual técnico da Seleção Brasileira feminina. Com toda essa experiência, ele afirma, categoricamente: o resultado obtido pela equipe brasileira nos Jogos Sul-Americanos foi excepcional e o desempenho dos atletas merece destaque total.
Desde 2012, depois dos Jogos Olímpicos de Londres, Hoyama resolveu ensinar e passar adiante tudo o que o esporte lhe proporcionou. Veio então a fase de treinador. Ele continua estudioso, perfeccionista, mas aberto às observações e opiniões. É assim que Hugo procura orientar suas pupilas:
“Só fiz o meu papel…orientar nos momentos mais importantes”, destacou, após a conquista de quatro medalhas de ouro nos Jogos Sul-Americanos, na Bolívia.
Quase unanimidade no esporte nacional, ele sempre explica passo a passo, sem segredos, a maneira como orienta suas comandadas: “Muitas vezes, em certos momentos, não é só técnica, nem tática que contam. E, sim, a cabeça que vai ajudar a vencer”, relembra.
Esta observação de Hugo deve-se às dificuldades que as atletas encontraram na última competição: a altitude de Cochabamba, a bola diferente e pequenas contusões que poderiam tirar o foco das atletas. Mas elas se mantiveram firmes nos objetivos de vencer e trazer medalhas:
“Foi um resultado excepcional para o tênis de mesa do Brasil. Das sete medalhas de ouro, conquistamos seis. Em algumas condições já citadas. Todos os atletas, tanto no feminino, quanto no masculino, conseguiram se superar. Uns mais, outros nem tanto. Mas, no geral foi muito bom. Um resultado fantástico”, comentou.
Ele sempre coloca na frente a palavra superação. E neste quesito cita Bruna Takahashi: “O destaque final foi ela. Que conseguiu se superar em cada set, cada ponto, cada jogo. Mesmo perdendo um set ou outro ela não abaixou a cabeça. Aos poucos se aprende a superar altitude, mesa, bola…”, lembrou e prossegue em sua análise:
“A Lin Gui também foi uma guerreira, com todos os problemas que teve, e fez grandes jogos. No masculino, cheguei a comentar com o Paco (treinador do masculino) que saímos do fundo do poço para reverter alguns resultados e partirmos para a conquista de medalhas. Depois de perdermos alguns jogos, demos a volta por cima. Toda a equipe está de parabéns pela conquista destes resultados”, conclui.