Faltou pouco para o Brasil conquistar sua primeira medalha olímpica na história do tênis de mesa. Na retrospectiva de 2024 da modalidade, o Olimpíada Todo Dia (OTD) relembra a campanha de Hugo Calderano, semifinalista nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, e celebra os quatro pódios conquistados pelos atletas brasileiros na Paralimpíada, que também foi realizada na capital francesa. Além dos feitos nos megaeventos, os mesa-tenistas do país obtiveram outros resultados relevantes durante a temporada e alguns deles serão destacados.
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Tênis de mesa olímpico em Paris-2024
O tênis de mesa chegou perto da medalha nos Jogos Olímpicos de Paris-2024. O esporte ficou no quase em duas oportunidades com Hugo Calderano, principal nome da modalidade no Brasil. Na primeira chance, ele sofreu revés na semifinal para o sueco Truls Moregard. Em seguida, na disputa pelo bronze, derrota diante do francês Feliz Lebrun. Mesmo com a frustração de ser o único semifinalista fora do pódio, a campanha de Hugo Calderano foi disparada a melhor da história do país em Jogos Olímpicos, superando a trajetória dele próprio em Tóquio-2020, quando parou nas quartas.
Hugo Calderano terminou 2024 entre os dez melhores do ranking mundial da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), feito que se repete pelo sétimo ano consecutivo. Com 28 anos, o principal atleta da modalidade no país começa 2025 na sétima colocação. No feminino, o destaque em Paris-2024 ficou com Bruna Takahashi, de 23 anos. Ela chegou perto de obter o melhor resultado da história do Brasil, mas caiu nos 16-avos de final contra a estadunidense Lily Ann Zhang. Com isso, Lyanne Kosaka segue sendo a melhor colocada do Brasil em uma edição de Jogos Olímpicos, a 17ª posição de Atlanta-1996.
Bruna Takahashi fecha o ano entre as 20 melhores do mundo, na 19ª posição. Ainda no simples, Giulia Takahashi, de 19 anos, e Vitor Ishiy, 28, perderam na estreia em Paris-2024. No confronto por equipes masculinas, o Brasil parou nas quartas de final contra a França com Hugo Calderano, Vitor Ishiy e Guilherme Teodoro. Já o feminino, representado por Bruna Takahashi, Giulia Takahashi e Bruna Alexandre, a queda ocorreu na primeira rodada diante da Coréia do Sul. Por fim, nas disputas das duplas mistas, Vitor Ishiy e Bruna Takahashi perderam na estreia para os espanhóis Álvaro Robles e María Xiao.
Quatro medalhas nos Jogos Paralímpicos
A medalha que faltou na Olimpíada acabou chegando nos Jogos Paralímpicos e não foi apenas uma. O Brasil esteve no pódio quatro vezes e todas elas com os atletas conquistando o bronze. Foram três terceiros lugares em duplas e um em uma das classes do individual feminino. Cátia Oliveira e Joyce Oliveira alcançaram a consagração nas parcerias WD5. Enquanto isso, Luiz Felipe Manara e Cláudio Massad tiveram sucesso nos duetos da MD18. Já Bruna Alexandre comemorou em simples na WS10 e ao lado de Danielle Rauen na WD20.
Cátia Oliveira e Joyce Oliveira garantiram a medalha em Paris-2024 ao eliminarem nas quartas de final as egípcias Fawzia Elshamy e Ola Soliman. Na semifinal, as duas perderam para as sul-coreanas Su Yeon Seo e Jiyu Yoon. Luiz Felipe Manara e Cláudio Massad precisaram vencer duas partidas para confirmarem o pódio. Na estreia, eles bateram os espanhois Jorge Cardona e Ander Cepas. Nas quartas, a vitória foi diante dos franceses Mateo Boheas e Thomas Bouvais. Os dois perderam dos chineses Chaodong Liu e Yiqing Zhao.
A última medalha nas duplas foi com Bruna Alexandre e Danielle Rauen. As jogadoras do Brasil estrearam direto nas quartas de final e bateram as ucranianas Maryna Lytovchenko e Iryna Shynkarova. Porém, na briga por vaga na decisão, as duas perderam para as australianas Li Na Lei e Qian Yang. Para concluir, o único bronze individual foi conquistado por Bruna Alexandre. Ela iniciou sua caminhada já entre as oito melhores da WS10 e despachou a sueca Anja Handen. Já no compromisso que valia classificação à final, a brasileira ficou pelo caminho, por 3 games a 2, diante da australiana Qian Yang.
Primeiros medalhistas do ano
A primeira medalha do Brasil no tênis de mesa foi com Guilherme Costa, o bronze no Aberto dos Estados Unidos, disputado em Corpus Christi, no Texas. No mesmo torneio, Guilherme Costa ganhou a prata na nas duplas da classe MD4 ao lado de Iranildo Espindola. Bruna Takahashi foi a primeira campeã de 2024 e obteve o primeiro pódio no convencional. Ela levou o título da Copa Pan-Americana, realizada na mesma cidada estadunidense. O primeiro resultado expressivo de Hugo Calderano também foi em janeiro, com o vice-campeonato do WTT Star Contender Goa, na Índia.
Em fevereiro ocorreu a primeira competição de grande relevância no tênis de mesa paralímpico. E o Brasil fechou o Aberto Paralímpico ITTF Fa40, disputado em São Paulo, com 21 medalhas, sendo seis ouros, seis pratas e nove bronzes. Os mesa-tenistas brasileiros que se sagraram campeões foram Bruna Alexandre (classe 9-10), Joyce Oliveira (classe 3), Joyce Oliveira e Thais Severo (WD5-10), Fábio Silva e Joyce Oliveira (XD4-7), Israel Stroh e Jennyfer Parinos (XD17), e Bruna Alexandre e Danielle Rauen (WD14-20).
Os medalhistas de prata foram Danielle Rauen (classe 9-10), Sophia Kelmer (classe 8), Juliana Silva (classe 1-2), Paulo Henrique Fonseca e Aline Ferreira (XD14), Guilherme Costa e Iranildo Espíndola (MD4), e Sophia Kelmer e Lucas Carvalho (XD17). Para completar o pódio, a lista de atletas que ficaram com o bronze: Guilherme Costa (classe 2), Lucas Arabian (classe 5), Cadu Moraes (classe 5), Paulo Henrique Fonseca (classe 7), Lethicia Lacerda (classe 8), Thais Severo (classe 6), Claudio Massad e Luiz Filipe Manara (MD18), Bruna Alexandre e Paulo Salmin (XD17), e Jennyfer Parinos (classe XD17).
Mundial por equipes de tênis de mesa
No Campeonato Mundial por equipes de tênis de mesa, que aconteceu em Busan, na Coreia do Sul, a equipe masculina do Brasil, formada por Vitor Ishiy, Guilherme Teodoro e Carlos Ishida, foi superada na fase 16 avos de final pela Croácia por 3 a 0. Hugo Calderano optou por não participar da competição com foco em Paris-2024. Já o time feminino fez história. Há dez anos, as mulheres do Brasil conseguiram, pela primeira vez, a classificação para a primeira divisão. Agora, uma década depois, elas fizeram história e encerraram campanha inédita com derrota apenas nas oitavas de final para a favorita Coreia do Sul.
Em março, os brasileiros conquistaram resultados expressivos em competições paralímpicas de tênis de mesa realizadas na Espanha, na cidade da Catalunha, e na Itália, em Lignano. No total, o Brasil ganhou 16 medalhas, sendo duas de ouro, seis de prata e oito de bronze. No Aberto Paralímpico Fa20 italiano, Marliane Santos (classe 3), Danielle Rauen (classe 9) e Bruna Alexandre e Jennyfer Parinos (WD20) terminaram com o bronze. Já Joyce Oliveira e Lucas Arabian (XD10), Bruna Alexandre e Paulo Salmin (XD17) e Danielle Rauen e Gabriel Antunes (XD20) ficaram com a prata.
O ouro que faltou na Itália apareceu em dose dupla na Espanha. No Aberto Paralímpico Fa20 espanhol, Lucas Arabian e Joyce Oliveira (XD10) e Paulo Salmin e Bruna Alexandre (XD14-17) alcançaram o lugar mais glorioso do pódio. As pratas acabaram com Marliane Santos (WD5-10), Bruna Alexandre e Jennyfer Parinos (WD20) e Marliane Santos (Classe XD7). Por fim, os bronzes foram para Guilherme Costa (classe 2), Joyce Oliveira (classe 3), Sophia Kelmer (classe 8), Thais Severo (XD7) e Danielle Rauen (XD20). E, para fechar o mês, Hugo Calderano foi vice-campeão do WTT Champions de Incheon, na Coreia do Sul.
Copa do Mundo e título de Calderano no Rio
Hugo Calderano fez grande partida contra o chinês Wang Chuqin, então líder do ranking mundial da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), mas acabou derrotado e eliminado nas oitavas de final da Copa do Mundo de Macau. Além dele, o Brasil contou com Bruna Takahashi na competição. Ela venceu um jogo na fase de grupos e empatou outro, não avançando às oitavas de final. Nas divisões de base da modalidade, os atletas brasileiros participaram do WTT Youth Contender Santiago. Foram oito títulos e mais quatro medalhas de prata.
Na categoria Sub-19, Leonardo Iiuzuka e Giulia Takahashi ganharam o ouro nas duplas e Felipe Arado no individual. Entre os Sub-17, Lucas Romanski foi o campeão no simples masculino. A mais vitoriosa foi a Sub-15, com Vitor Thiofilo e Maiara Alves nas parcerias mistas, Mahayla Sardá no individual feminino e Vitor Thiofilo no simples masculino. Por fim, no Sub-13 e Sub-11 os títulos ficaram com Vitor Thiofilio, na primeira delas, e Yumi Iwamoto, na segunda. Os quatro vice-campeonatos saíram com Sabrina Miyabara e Leonardo Iizuka, ambos no Sub-19, Vítor Iwamoto, no Sub-17, e Sarah Weizman, no Sub-11.
No Paralímpico, o Brasil garantiu duas medalhas no Aberto Paralímpico Fa40 da Eslovênia. A delegação brasileira ganhou o bronze com Israel Stroh e Aline Meneses (classe XD14) e Luiz Filipe Manara e Danielle Rauen (XD17). Ainda em maio, Luca Kumahara fez história ao se tornar o primeiro atleta transgênero a competir em um evento internacional de tênis de mesa. Ele participou do qualifying do WTT Contender do Rio de Janeiro e venceu o igualmente brasileiro Gabriel Caviquio. Ainda no WTT Rio, Hugo Calderano foi o campeão e Bruna Takahashi chegou até a fase semifinal.
Giulia Takahashi fez história no Sul-Americano
Junho começou com Hugo Calderano atingindo a fase semifinal do WTT Champions de Chongqing, na China, perdendo do chinês Zhendong Fan. De volta às Américas, Guilherme Teodoro e Vitor Ishiy conquistaram a medalha de prata nas duplas do WTT Contender de Mendoza, na Argentina. Em meados do mês, Hugo Calderano mostrou que estava em boa fase e foi campeão do WTT Star Contender de Ljubljana, na Eslovênia derrotando o francês Felix Lebrun. Mais adiante, Giulia Takahashi e Leonardo Iizuka colocaram o Brasil no segundo lugar mais alto do pódio do WTT Youth Star Contender Lima.
No Sul-Americano de tênis de mesa disputado em Assunção, no Paraguai, o Brasil provou de novo que continua como potência continental da modalidade. A delegação brasileira ganhou dez medalhas, sendo seis de ouro, três pratas e um bronze. E Giulia Takahashi fez história ao faturar quatro ouros: individual, equipes femininas (com Victoria Strassburger e Laura Watanabe), duplas femininas (com Laura Watanabe) e duplas mistas (com Guilherme Teodoro). Ela igualou o feito obtido por Nakma Cruz na edição de 1958, em Caracas, na Venezuela.
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O Brasil foi campeão por equipes masculinas também, com Eric Jouti, Carlos Ishida e Guilherme Teodoro. Nas duplas entre os homens, Leonardo Iiizuka e Carlos Ishida venceram Guilherme Teodoro e Eric Jouti e ficaram com a medalha de ouro, deixando a prata com os compatriotas. Por fim, no individual masculino, Eric Jouti foi à final e ficou com a prata após revés contra o argentino Horácio Cifuentes. Antes disso, na semifinal, o medalhista de ouro ainda venceu o brasileiro Guilherme Teodoro, que ficou com o bronze no Paraguai.
Título no paralímpico e conquistas no Pan de base
De volta aos eventos paralímpicos, em julho, o brasileiro Israel Stroh e o tailandês Suriyone Thapaeng foram campeões do Aberto da Tailândia ITTF Fa40 de tênis de mesa nas duplas masculinas, na classe MD14. Já em agosto, no convencional, Giulia Takahashi e Henrique Noguti conquistaram o título de duplas mistas no WTT Contender de Lima, no Peru. No Campeonato Pan-Americano Sub-15 e Sub-19, em Lima, no Peru, o Brasil encerrou sua participação com cinco medalhas de ouro. Leonardo Iizuka brilhou com dois títulos no Sub-19, no individual e nas duplas.
Giulia Takahashi também se sagrou campeã nas duplas ao lado de Victoria Strassburger e o Brasil também levou o ouro nas disputas por equipes do Sub-19. Entre os homens, Leonardo Iizuka liderou o time juntamente com Felipe Arado, Hamilton Yamane e Lucas Romanski. No feminino, Giulia Takahashi, Beatriz Kanashiro, Sabrina Miyabara e Victoria Strassburger formaram a equipe campeã. Na categoria Sub-15 do Pan-Americano, Mahayla Sarda ganhou a medalha de bronze. Nas duplas mistas, a jogadora, ao lado de Felipe Okano, levou a prata.
Felipe Okano também conquistou o bronze na chave individual, enquanto Luan Santos ficou com a prata. Os dois atletas ainda terminaram com mais dois bronzes: nas duplas e na competição por equipes, ao lado de Vinicius Rech e Vitor Thiofilo. Mahayla Sarda finalizou em terceiro no feminino, juntamente com Isabela Paterno e Raiane Heidrich.
Hegemonia no Pan-Americano
No Campeonato Pan-Americano de tênis de mesa de El Salvador, o Brasil conquistou três ouros na capital São Salvador. Hugo Calderano venceu na chave de simples, Giulia Takahashi e Laura Watanabe foram campeãs nas duplas, e a mesma Giulia Takahashi ganhou o título das duplas mistas ao lado de Guilherme Teodoro. Além dos topos do pódio, os mesa-tenistas brasileiros também somaram três pratas e três bronzes, liderando o quadro de medalhas. No título do individual masculino, Hugo Calderano bateu o compatriota Vitor Ishiy. Ainda na chave de simples masculina, Leonardo Iizuka garantiu o bronze.
Já na chave feminina, Bruna Takahashi perdeu a final para Adriana Diaz, atleta de Porto Rico, e ficou com a medalha de prata. Já a irmã dela, Giulia Takahashi, terminou com o bronze. Nas duplas mistas, Bruna Takahashi e Hugo Calderano finalizaram a participação deles com a prata. Para completar, o Brasil ganhou o bronze por equipes femininas no Pan-Americano de tênis de mesa com Giulia Takahashi, Laura Watanabe e Victória Strassburger. Ainda em outubro, Karina Senaga, de 17 anos, conquistou o vice-campeonato do WTT Youth Contender Cuenca na categoria Sub-17.
Seguindo na base, nas chaves individuais do torneio Sub-17 do WTT Youth Contender de Caracas, na Venezuela, Davi Fujii e Karina Senaga terminaram suas campanhas com os vice-campeonatos. Já na mesma categoria, mas no WTT Youth Contender de Assunção, no Paraguai, Com uma campanha invicta, Karina Senaga foi campeã invicta. Permanecendo em solo paraguaio, Victória Strassburger conquistou o título de duplas mistas no Sub-19 do WTT Youth Contender Assunção. Finalizando o WTT de Assunção, Karina Senaga terminou vice-campeã no Sub-19.
Mais conquistas nas categorias de base
No WTT Youth Contender Buenos Aires, na Argentina, três mesa-tenistas brasileiros chegaram na decisão e dois se consagraram campeões da competição. Na categoria Sub-17 do feminino, a final foi entre duas atletas do Brasil, com Karina Senaga levando a melhor contra a compatriota Beatriz Fiore. Já no Sub-13 masculino, Antônio Poletto superou quatro oponentes para conquistar a medalha de ouro. No mesmo torneio, Sabrina Miyabara e Hamilton Yamane perderam a final das duplas mistas no Sub-19.
O Brasil conquistou ainda mais dois vice-campeonatos na Argentina. Na disputa individual do WTT Youth Contender de Buenos Aires, Beatriz Fiore e Felipe Doti conquistaram a medalha de prata na competição, ambos na categoria Sub-19. Karina Senaga continuou brilhando após passagem pela Argentina e desembarque no Equador. Ela conquistou o vice-campeonato do WTT Youth Contender Cuenca na categoria Sub-17. Finalizando novembro, Leonardo Iizuka disputou a semifinal da chave individual sub-19 do Mundial da Juventude de tênis de mesa de Helsingborg, na Suécia e garantiu a medalha de bronze.
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Por fim, no último mês de 2024 aconteceu o Campeonato Brasileiro de tênis de mesa, em Chapecó, Santa Catarina. evento denominado de TMB Platinum. No Sub-19, Felipe Arado e Karina Senaga fizeram a festa e ganharam o título. Já na competição Sub-21, Victória Strassburger e Davi Fujii sagraram-se campeões do Brasileiro. No adulto feminino, Giulia Takahashi conquistou seu segundo título da competição nacional batendo Victória Strassburger na decisão. Já no masculino, Allan Sarmento conquistou seu espaço na história do tênis de mesa brasileiro ao ser campeão pela primeira vez diante do tricampeão Vitor Ishiy.
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