Paris – Carla Azevedo foi a última brasileira a entrar em ação nesta segunda-feira (2) de tênis de mesa nos Jogos Paralímpicos de Paris. Ela perdeu para a tailandesa Chilchitparyak Bootwansirina por 3 sets a 0, e foi eliminada do torneio de simples.
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A brasileira de 43 anos ficou em nono lugar nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023 e fez a estreia em Paralimpíadas. Ela atua pela classe 1, para cadeirantes com maior compromentimento físico-motor. No torneio paralímpico, a disputa envolve atletas das classes de 1 a 3.
Ela teve pela frente uma adversária classe 2, que teve como resultado mais expressivo o quarto lugar conquistado na Rio-2016. O primeiro set começou equilibrado, mas Carla acumulou erros de devolução e perdeu por 11 a 5.
A tailandesa continuou mais consistente na segunda parcial e fechou em 11 a 2. A história continuou no terceiro set. Com 4 a 1 em desvantagem, a equipe brasileira pediu tempo técnico. A pausa não surtiu efeito. Bootwansirina seguiu mais precisa e fechou o confronto em 11 a 2.
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“Classe 2 contra classe 1, a diferença de mobilidade é sinistra. E, claro, tem muita técnica. Minha estratégia era realmente puxar para o balão. No começo do primeiro sete estava entrando o balão, ela estava permitindo isso. Depois, no segundo e terceiro, em nenhum momento mais ela me deu oportunidade. Neutralizou completamente a minha estratégia de ataque”, analisou Carla.
Apesar de decepcionada com a vitória, ela deixou a competição ciente de que lutou todos os pontos. No entanto, ela acredita que é essecial haver uma separação de classes. A brasileira explica que atletas de classe 2, por exemplo, conseguem levantar da cadeira, têm mais amplitude e também jogam com raquetes maiores.
Por outro lado, Carla reconheceu que existem poucas mesatenistas de classe 1 no circuito. “Eu sou a única classe 1 da América. Brasileiras, com tetraplegia, vamos virar atleta, é muito gostoso. Você faz atividade física, conhece outras pessoas, outros países, convive com pessoas que têm as mesmas limitações que você. Então, é um convite também para termos mais atletas com tetraplegia com classe alta como a minha”, exaltou.
Carla teve um sangramento espontâneo na medula, aos 17 anos, que atingiu a cervical. Ela conheceu o tênis de mesa quando finalizava a graduação de Publicidade e Propaganda.
Outros brasileiros
Este foi o segundo dia de disputas de simples do paratênis de mesa em Paris. Mais cedo, Bruna Alexandre venceu nas quartas de final da classe 10 e garantiu mais uma medalha. Evellyn Santos também venceu e avançou para as quartas de final da classe 11. Já Claudio Massad e Lucas Arabian foram eliminados nas quartas de final.
O Brasil já ganhou três medalhas na modalidade, todas de bronze. Claudio Massad subiu ao pódio com Luiz Filipe Manara. Cátia e Joyce Oliveira, além de Bruna Alexandre e Danielle Rauen também medalharam.
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