Paris – Neste sábado a dupla masculina Luiz Manara e Claudio Massad garantiu medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024. Mas aos 39 anos, Claudião, como é conhecido pela alta estatura, conquistou a torcida brasileira e internacional ao longo da competição em sua primeira Paralimpíada.
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Ele já havia tentado classificação para os Jogos da Rio-2016 e Tóquio-2020 por meio dos Jogos Parapan-americanos, mas ele bateu na trave duas vezes. Em 2016 e 2019, ficou com a prata nos torneios individuais, e como a classificação era garantida apenas aos campeões, Massad ficou de fora da Paralimpíada.
Em Paris a história foi diferente. O bauruense venceu o Parapan de Santiago e conquistou a tão sonhada vaga paralímpica. Como estreante, e com poucos títulos internacionais na carreira, Claudio não chegou como um candidato ao pódio. Mas ao lado de Manara, superou gigantes, a começar pelos líderes do ranking mundial na primeira rodada das duplas masculinas. Em seguida, bateram os donos da casa e nas quartas de final, mas pararam diante dos chineses. Porém, o sentimento de ser medalhista paralímpico era indescritível. “É a realização de um sonho, de uma vida, de muito trabalho, de muita luta, de resiliência. Por mais que tenhamos perdido a semifinal, perdemos de pé, jogamos bem. Então tenho muito orgulho de estar levando esse bronze para o povo brasileiro”, contou o jogador.
Entretanto, o atleta não vê as frustrações das edições anteriores quando ficou de fora com pesar, mas como parte da trajetória até Paris. “Só tenho a agradecer por não ter ido pras outras Paralimpíadas, mas conseguir chegar nessa edição e ainda levar medalha. Então tudo acontece no seu tempo, de fato.
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Carismático, Claudião vibrava muito a cada ponto convertido pela dupla durante o jogo. Não só isso, ele puxava torcida, que adoraram o brasileiro. Exceto contra os donos da casa, em todos os jogos a torcida internacional incentivou muito a dupla Manara e Massad.
Para ele, ser do jeito que é traz felicidade, principalmente por querer mostrar um pouco do Brasil para os estrangeiros. “Eu sou isso aí. Tênis de mesa é a minha vida, esse era o meu sonho, de estar num ginásio desse, lotado, com uma pressão deliciosa, com todo mundo curtindo aquela atmosfera. Então a gente tentou dar um mínimo de espetáculo para eles. Eu queria tentar ‘abrazileirar’ a torcida para nós. Eu quis ser o mais ‘humano’ possível “, contou o medalhista.
Esporte que muda a vida
Aos 39 anos e na sua primeira Paralimpíada, Claudio defende o esporte como ferramenta fundamental para construção social para as pessoas, mesmo que ela não tenha ambição por bons resultados. “Para as pessoas com ou sem deficiência, suas famílias, coloquem seus filhos para fazer atividade física, porque esporte é saúde, educação, cultura, é inclusão social, esporte é tudo. Quem sabe você pode pode chegar a ser um atleta profissional?”, finalizou o atleta.