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Paris 2024

Jennyfer Parinos chega à França para fazer mais história

Dona de duas medalhas paralímpicas, Jennyfer Parinos anseia por mais conquistas na Paralimpíada da capital francesa

Jennyfer Parinos
Jennyfer Parinos vai participar das competições individual e dupla feminina (Foto: Mauricio Val/fvimagem.com/CBTM)

Conquistar medalhas em Jogos Paralímpicos não é algo inédito para Jennyfer Parinos. A mesatenista tem dois bronzes por equipes em seu currículo. Na edição de Paris-2024, ela terá a chance de aumentar sua coleção, subindo ao pódio também individualmente e nas duplas femininas.

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“Comecei no tênis de mesa aos 12 anos de idade. Brincando na mesa do prédio onde eu morava. Fui vista por uma vizinha que era atleta paralímpica da modalidade, que me levou para um dia de treinos com os profissionais. Então, me apaixonei pelo esporte e voltei no dia seguinte, no outro também e estou até hoje”, relembrou.

Além dos bronzes paralímpicos, Jennyfer possui outras importantes conquistas em sua carreira na classe 9. Ela faturou ouro nas duplas femininas WD14-20 e prata no individual feminino e nas duplas mistas XD14-17 nos Jogos Parapan-Americanos de Santiago-2023. Também tem prata no individual nos Parapans Lima-2019 e Toronto-2015 e bronze por equipes no Mundial da China 2014.

Inclusão

Natural de Santos-SP e atualmente com 28 anos de idade, Jennyfer Parinos é diagnosticada de uma doença chamada raquitismo hipofosfatêmico, que provoca o enfraquecimento dos ossos. Exercitando a memória, ela relata fatos sobre sua patologia e como o tênis de mesa melhorou sua qualidade de vida.

“Nasci com uma doença rara, chamada raquitismo hipofosfatêmico, ligada ao cromossomo X ou XLH. O diagnóstico foi feito quando comecei a andar, pois eu sentia muitas dores no joelho. Minha mãe me levou a 19 ortopedistas e nenhum descobriu o que eu tinha. Até que fomos à Santa Casa de São Paulo; lá, descobrimos realmente do que se tratava e iniciei o tratamento”, contou Jennyfer, acrescentando:

“Tomava muita medicação desde pequena. Além disso, era muito tímida, e as sequelas da minha doença me deixaram com as pernas arqueadas. Na escola, eu me sentia inferior às outras crianças, que me olhavam muito e perguntavam a razão daquilo. Quando ingressei no esporte, aos 12 anos, ele funcionou como uma inclusão para mim. Conhecer pessoas com outros tipos de deficiência colaborou bastante para o meu desenvolvimento pessoal”, afirmou.

Buscando sempre mais

Jennyfer vê cada ciclo paralímpico de maneira diferente. Embora já possua duas medalhas no evento, a atleta nutre  desejo de conquistar mais em Paris-2024. Além disso, ela espera poder ajudar, com sua vivência na competição, as companheiras de equipe menos experientes.

“Já consegui conquistar duas medalhas em Jogos Paralímpicos, mas almejo conseguir mais em Paris. Acredito que isso coloca um peso maior no desafio, ter medalhado nas duas edições que participei. E ficarei muito feliz por poder ser um espelho para as mais novas”, declarou.

Além do desejo por mais conquistas, Jennyfer também nutre admiração por Lígia Silva. Assim como ídola, a histórica mesatenista que participou dos Jogos Olímpicos de Sidney 2000, Atenas 2004 e Londres 2012 também é sua conselheira.

“Gosto e admiro muito a Lígia Silva. Não somente como atleta, mas como pessoa também. Ela sempre me deu muitos conselhos no esporte, e tenho muita gratidão, idolatria pela Lígia”, revelou.

*Com informações da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)

Jornalista recifense formado na Faculdade Boa Viagem apaixonado por futebol e grandes histórias. Trabalhando no movimento olímpico e paralímpico desde 2022.

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