É duro jogar contra alguém que treina com você e conhece todos (ou quase todos) seus segredos. Ainda mais se ele for seu amigo pessoal. É o caso de Álvaro Robles, que treina com Hugo Calderano na Alemanha, e fez um jogo duríssimo contra o brasileiro na segunda rodada do torneio de simples do tênis de mesa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Hugo precisou de seis sets para vencer e agora se prepara para enfrentar os “inimigos”. É que nas oitavas de final, ele terá pela frente o francês Alexis Lebrun e certamente o ginásio estará completamente lotado de torcedores do rival.
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“Com certeza vai ser um ambiente muito legal amanhã, mas, ao mesmo tempo ,vai estar todo
mundo torcendo para ele. Todo mundo não porque eu vi muito brasileiro aí. Então espero que pelo menos uns 2% ali sejam torçam por mim”, brincou Hugo Calderano. “Mas eu acho que é muito legal viver esses momentos, mesmo que o ginásio esteja torcendo por ele. Eu acho que essas são as coisas legais do esporte. Prefiro jogar com a torcida contra do que sem torcida”.
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Mesmo que o ginásio esteja completamente pegando fogo, Hugo Calderano está tranquilo. Experiente, ele sabe o que precisa fazer nestes momentos. Além disso, leva vantagem nos confrontos que fez contra Lebrun. “No circuito internacional, eu ganhei duas vezes dele. E ainda tem um desafio Brasil x França no Brasil, que a gente organizou. Não foi um evento oficial. Mas ganhei as três vezes dele”, lembra.
Duelo contra amigo
Antes de encarar Alexis Lebrun e a torcida francesa, Hugo Calderano teve que passar por Álvaro Robles, que é um dos melhores amigos do brasileiro na Alemanha. “Eu conheço a esposa dele e os filhos dele. Ele tem dois filhos pequenos. Um de três anos e outro de um. Então, estou sempre na casa dele e estamos sempre juntos. A família toda é muito simpática e os pais também. Ele também conhece a minha família. Mas é claro que a rivalidade fica só na mesa. A gente faz tudo o possível para ganhar o jogo e com certeza vamos continuar amigos depois desse jogo”, garante Hugo Calderano.
O que complicou mais a vida de Hugo Calderano diante de Robles não foi a amizade, mas sim o quanto o adversário conhecia o jogo do brasileiro. “Com certeza não é fácil jogar com um amigo, principalmente nos Jogos Olímpicos, e também na parte tática. A gente se conhece muito, conhece todos os saques, todas as recepções, tudo que o outro faz, e com certeza não seria um jogo fácil”, explicou.