As irmãs Bruna e Giulia Takahashi entraram para a história na noite desta terça-feira ao conquistarem o melhor resultado da história do Brasil nas duplas femininas do tênis de mesa dos Jogos Pan-Americanos. Elas conquistaram a medalha de prata depois de derrotar as atuais campeãs Adriana e Melanie Díaz na semifinal, mas perderem para as americanas Amy Wang e Rachel Sung na decisão do ouro por 4 a 3.
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Antes da conquista desta terça-feira, a única medalha conquistada pelo Brasil nas duplas femininas em Jogos Pan-Americanos tinha sido em Lima-2019. Jogando ao lado de Jéssica Yamada, Bruna Takahashi foi bronze.
“A gente jogou muito bem. Acho que a gente chegou num nível inacreditável em um ano jogando juntas. É incrível o que a gente fez. Acho que a gente tem que continuar trabalhando duro para chegar entre as tops das tops”, afirmou Bruna Takahashi depois da final.
“Parando para pensar, a gente tem que valorizar a prata também. É minha primeira vez em Jogos Pan-Americanos. Então, é bem especial para mim. É a minha primeira medalha, ainda mais sendo do lado da minha irmã. Vamos ter mais Jogos Pan-Americanos pela frente. Então nada de se preocupar agora”, disse, otimista com o futuro, Giulia Takahashi, a caçula da seleção brasileira com apenas 18 anos, cinco a menos do que a irmã.
Medalha em família
Bruna e Giulia Takahashi comemoraram também o fato de terem jogado pela primeira vez juntas uma competição do porte dos Jogos Pan-Americanos. “Eu estou muito feliz porque era um sonho desde pequena jogar junto com a Bruna. Eu lembro que nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, eu estava assistindo ela no youtube e falei: um dia vou estar lá com ela. E esse dia chegou! Estou muito feliz e realizada. É uma parceria que vai durar por muito tempo”, afirmou Giulia Takahashi, caçula da seleção brasileira com apenas 18 anos.
“A sensação é inexplicável de ter uma pessoa da sua família jogando junto com você. É estranho também porque ela era bem pequenininha e agora ela está jogando do meu lado. Eu também me sinto muito feliz e realizada”, completou Bruna Takahashi, a mais velha da família, com 23 anos.
Revanche na semifinal
Para chegar à decisão do ouro, Bruna e Giulia Takahashi tiveram que derrotar as irmãs Adriana e Melanie, de Porto Rico, campeãs em Lima-2019 e que as venceram mês passado por 3 a 0 no Campeonato Pan-Americano, disputado em Havana.
Desta vez, no entanto, as brasileiras jogaram demais e derrubaram as portorriquenhas por sonoros 4 a 1 com parciais de 14/12, 11/1, 12/10, 8/11 e 12/10. “Eu acho engraçado jogar irmã contra irmã. Lembro que eu assistia elas e pensava: falta eu aí! Me sinto estranhamente feliz de jogar contra elas, mas é engraçado”, se diverte Giulia Takahashi. “Eu também acho muito legal isso de jogar irmãs contra irmãs em duplas. A gente jogou muito bem mesmo. E espero que a gente consiga manter esse nível para a final de hoje”, completou Bruna.
Medalha de prata
Na final, as adversárias foram as americanas Amy Wang e Rachel Sung, que no Campeonato Pan-Americano, em Cuba, venceram as brasileiras, de virada, por 3 a 2. Para ficar com o ouro, Bruna e Giulia Takahashi precisavam de uma revanche como aconteceu na semifinal.
Foi um jogaço. As americanas venceram o primeiro set por 11/7. Bruna e Giulia reagiram e conseguiram a virada ao conseguir 11/5 e 11/7 nas parciais seguintes. Mas Amy Wang e Rachel Sung se reencontraram no jogo e embalaram e viraram de novo com 12/10 e 11/8.
Bruna e Giulia Takahashi conseguiram manter a cabeça no lugar. Elas empataram com 11/4 e levaram o jogo para o sétimo e decisivo set. Foi aí que a experiência das americanas falou mais alto. Elas venceram por 11/6, mas não impediram as brasileiras de entrarem para a história.