O tênis de mesa brasileiro conquistaram nesta sexta-feira (7) as primeiras medalhas de ouro do Aberto Paralímpico do Brasil, que está sendo disputado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP). Thiago Gomes, na classe 11 masculina, e Joyce Oliveira, na 4-5 feminina, subiram ao lugar mais alto do pódio, que ainda teve as presenças de Lucas Hansen e Lucas Maciel, respectivamente prata e bronze na mesma classe de Thiago.
Thiago Gomes fez uma campanha irretocável em São Paulo. Ele venceu o grupo único com os dois brasileiros, Lucas Hansen e Lucas Maciel, além do canadense Mikhail Drozdowski, ganhando todos os confrontos, com apenas dois sets perdidos no torneio.
Após a conquista, Gomes, que tem deficiência intelectual, se emocionou ao falar da família. Sua mãe, Miriam, estava ao seu lado e recebeu as homenagens: “Essa medalha vem coroar o investimento que a minha noiva e minha família fazem. Minha mãe está aqui hoje, veio me prestigiar, esteve comigo na Finlândia. Eles enfrentam as lesões, o deslocamento de Santos, tudo junto comigo”.
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Com grande desempenho em 2022, vencendo todos os torneios nacionais que disputou, faltava ainda um título internacional, que finalmente veio em casa para uma das estrelas do tênis de mesa paralímpico mundial.
“Estou muito feliz. Esse torneio internacional veio coroar os bons treinos que venho fazendo com a Seleção Brasileira, junto com o pessoal de Santos. Acabo treinando com muita gente diferente, muitos estilos diferentes e técnicos qualificados que estão me ajudando no jogo. É o melhor ano minha carreira, o ano em que eu estou me consolidando na classe 11. Joguei todos os torneios e consegui ganhar”, comentou.
Joyce Oliveira, por sua vez, confirmou seu favoritismo nas classes 4-5. Com vasta experiência internacional no tênis de mesa paralímpico, ela também venceu o grupo único com três vitórias, perdendo apenas um set durante o dia.
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“Um campeonato internacional, sempre mais difícil, ainda mais que juntou classe 4 com classe 5. Então, mesmo sabendo que era umas das favoritas, mas é sempre difícil. São mais alguns pontinhos no ranking, espero subir mais um pouco agora, que é o objetivo para o Mundial”, disse a atleta, que disputará o Mundial em Granada, na Espanha, a partir do dia 6 de novembro.
Joyce, por sinal, foi uma das participantes do último Aberto do Brasil, em 2010. A atleta, que já esteve presente em algumas Paralimpíadas, acredita que mudou muito nestes 12 anos: “De lá para cá, a Joyce mudou muito. E o que mais mudou foi a cabeça. A Joyce atual entre para dar o melhor independentemente em qualquer jogo que seja”.