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Tênis de Mesa

Hideo Yamamoto é o novo técnico da seleção feminina

Com vasta experiência nas categorias de base, Yamamoto substitui Hugo Hoyama e assume comando da seleção para o ciclo de Paris

Hideo Yamamoto é o novo técnico da seleção feminina de tênis de mesa
Luiza Moraes/COB.

Foi anunciado, nesta quinta-feira (16), o novo técnico da seleção brasileira feminina de tênis de mesa. Hideo Yamamoto, que participou recentemente da campanha dos Jogos Pan-Americanos Júnior, em Cali, na Colômbia, foi o designado para comandar a equipe até o final do ciclo olímpico de Paris-2024.

Uma nova formatação está sendo implantada pela CBTM a partir de janeiro. Ao invés de contar com técnicos apenas em momentos pontuais de competições, os profissionais irão trabalhar como funcionários da entidade, em uma comissão técnica permanente, tendo a responsabilidade de monitorar os treinamentos dos potenciais atletas da seleção em seus clubes e realizar o planejamento para que os mesa-tenistas possam ter um desempenho superior nos torneios mais importantes do ciclo olímpico.

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Desta forma, além de Hideo Yamamoto, trabalharão neste regime o treinador da seleção masculina, Francisco Arado, o Paco, que já comandou a equipe nos Jogos Olímpicos de Tóquio; a técnica da seleção feminina de base, Lígia Silva; e o comandante do time masculino de base, Jorge Fanck. Jean-René Mounié, por sua vez, seguirá como técnico individual de Hugo Calderano.

Yamamoto substituirá Hugo Hoyama, que irá exercer a função de embaixador do tênis de mesa brasileiro. “Não é fácil substituir o Hugo, que é um dos maiores ícones do tênis de mesa, tanto que ele se tornou nosso embaixador. O desafio, a pressão e a responsabilidade são enormes, mas sinto que estou preparado para esse momento. Com certeza, virão muitas aprendizagens para continuar evoluindo a cada dia”, ressaltou o novo técnico.

Sobre Yamamoto

Reinaldo Hideo Yamamoto tem 39 anos e nasceu em São Paulo (SP). Ele começou a carreira no Itaquera Nikkei Clube. Foi um dos principais atletas brasileiros da geração que despontou no final dos anos 1990, sendo inclusive o primeiro a receber o Prêmio Brasil Olímpico como melhor mesa-tenista do ano, em 1999. Conquistou nove medalhas de ouro em campeonatos sul-americanos, três títulos latino-americanos e foi campeão mundial da 2ª divisão por equipes, em 2004.

Por conta de uma grave lesão, teve sua carreira abreviada e passou a atuar como treinador, em 2005, em São Caetano do Sul. Também é técnico na Associação dos Policiais Militares com Deficiência do Estado de São Paulo (APMDFESP), no Itaquera Nikkei Clube e é coordenador técnico do clube Três Coroas.

Sua primeira experiência na CBTM aconteceu em 2012, com as seleções de base do Brasil. No comando técnico de equipes da base, conquistou inúmeros títulos do Circuito Mundial Júnior, como o da República Theca, em 2013, com a equipe que contava com Hugo Calderano, Eric Jouti e Vitor Ishiy; em 2015, mas no individual, com Bruna Takahashi; e na Eslovênia e Sérvia, por equipes com Giulia Takahashi e Laura Watanabe, em 2019. Sem contar os vários Sul-Americanos, Latino-Americanos e Pan-Americanos.

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“Eu sempre trabalhei com os melhores jogadores da base, mas nunca consegui dar continuidade para a seleção adulta. Era um desejo, um objetivo e acredito muito que estou preparado para esse desafio. É um momento de muita felicidade, onde estou com muita energia, vontade de aprender e principalmente vencer. Sei que não será fácil. Mas colocando todas nossas qualidades do tênis de mesa brasileiro, que são a luta, o trabalho e a alegria, os resultados serão bons”.

Por fim, o novo técnico estabelece sua primeira grande meta para a seleção feminina de tênis de mesa: o ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2023. “O planejamento é irmos melhorando em termos de ranking e nível de nossas jogadoras, com objetivo de nos prepararmos e conseguirmos uma medalha de ouro nos jogos Pan-Americanos. E temos menos de dois anos para estarmos na melhor forma possível”, finalizou.

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