Apesar de 2020 não ter acontecido como planejado, alguns atletas entram em 2021 de maneira otimista, como é o caso de Hugo Calderano. Segundo Jean-René Mounié, consultor técnico da CBTM (Confederação Brasileira de Tênis de mesa) e técnico de Calderano, o brasileiro tem motivos para comemorar.
A principal dificuldade para a avaliação, segundo o profissional, é a falta de um número expressivo de partidas no ano. Além disso, Mounié ressalta a falta de uma preparação adequada nas competições do retorno. A “bolha” do tênis de mesa com uma sequência de torneios internacionais, no mês de novembro, que manteve os atletas confinados por mais de uma semana após a chegada na China é um exemplo.
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“É bem difícil avaliar a temporada 2020 com as circunstâncias que todos nós conhecemos. Não temos referências suficientes no nível internacional para termos uma opinião objetiva. Se tentamos analisar as duas competições chaves desse ano, o Hugo perdeu contra Jeoung (Youngsik, sul-coreano) na Copa do Mundo, nas oitavas de final. Perdeu para um jogador top, mas não treinou 20 dias antes de competir, por causa do confinamento. Logo depois, ele alcançou as quartas no ITTF Finals. Jogou muito bem contra o Liam Pitchford (inglês) e fez uma partida de alto nível contra o Fan Zhendong (chinês). O Hugo mostrou que estava jogando muito bem, evoluiu tecnicamente”, avalia.
Acompanhando de perto
Além dos torneios internacionais de novembro, o técnico francês vem observando atentamente os jogos de Calderano na Alemanha. E, destes confrontos, também percebe sinais do bom momento do atleta: “Dá para ver isso na Bundesliga e na Copa da Alemanha. Desde setembro, ele jogou oito partidas e não perdeu”.
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Calderano fecha 2020 em sexto lugar no ranking mundial, posição que ocupou em quase todos os meses dos últimos dois anos. Mas o grande objetivo é a medalha olímpica em 2021. O técnico finaliza sua análise de maneira positiva.
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“Estou bem otimista para 2021. Acho que o Hugo vai continuar a evoluir e espero que ele possa competir no nível internacional com consistência. Nosso foco é em relação aos Jogos Olímpicos, esperamos que a situação da Covid melhore e tenhamos o “bônus” de representar o Brasil durante os Jogos de Tóquio”, torce.
