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Tênis de Mesa

Time de Calderano é vice-campeão da Bundesliga

Com duas derrotas de Calderano, Ochsenhausen não defende o título e fica com o vice-campeonato da liga alemã

Não deu para Hugo Calderano. Neste domingo (14), na primeira final de um brasileiro em esportes olímpicos após o início da pandemia de coronavírus, ele e o seu time Ochsenhausen foram derrotados pelo Saarbrücken na decisão da Bundesliga, o campeonato alemão de tênis de mesa, por 3 a 1.

Assim, na reedição da final passada, o Ochsenhausen não conseguiu defender o título da última temporada, quando encerrou um jejum de 16 anos. Hugo Calderano não esteve em um de seus melhores dias e perdeu os dois jogos que disputou. A única vitória do time veio das mãos de Jakub Dyjas.

Há seis anos defendendo o Ochsenhausen, Calderano fez sua terceira final e tem dois títulos pela equipe – além da Bundesliga, também levou a Copa da Alemanha do ano passado. Já o clube segue com quatro canecos da liga nacional.

O jogo

O duelo pelo título da Bundesliga começou digno de uma final. Calderano foi o primeiro a entrar em ação e sofreu diante do alemão Patrick Franziska. No primeiro set, Franziska passeou e fechou a parcial sem dificuldades, mas o brasileiro se recuperou na parcial seguinte e empatou o confronto. O alemão passou à frente novamente no detalhe e ficou a um set da vitória. Na quarta parcial, no entanto, Calderano saiu de um 7 a 4, virou o placar e levou o jogo para o quito e decisivo set. Mais uma vez no detalhe, porém, o alemão levou a melhor e venceu o duelo por 3 a 2 (11/3, 6/11, 12/10, 9/11 e 12/10).

No segundo confronto da final, o francês Simon Gauzy encarou o chinês Shang Kun e também sofreu. O companheiro de Calderano viu Kun se impor e abrir 2 sets a 0. Na terceira parcial, o francês se recuperou, se mantendo vivo no jogo. No entanto, no quarto set, o mais equilibrado do duelo, Kun chegou ao match point e não desperdiçou (11/8, 11/7, 9/11 e 12/10). Com isso, o Saabrücken abriu 2 a 0 e ficou a um jogo do título.

Assim como na semifinal, o polonês Jakub Dyjas foi o responsável por manter ou não o Ochsenhausen vivo na partida. E novamente, ele conseguiu. Diante do esloveno Darko Jorgic, Dyjas se impôs e abriu de cara 2 a 0. No terceiro set, a situação complicou. O polonês até conseguiu sair de um 8 a 2, mas Jorgic acabou fechando a parcial. No entanto, o esloveno não foi páreo para Dyjas, que passeou no quarto set e forçou o quarto do jogo do duelo. (11/9, 12/10, 12/14 e 11/3)

Estava nas mãos de Calderano, portanto, a sobrevivência do Ochsenhausen na busca pelo bi. Mas as coisas não saíram como ele esperava. O chinês Shang Kun abriu 2 a 0 e deixou o Saarbrücken muito perto do título. E assim foi. Calderano até tentou, mas Kun não perdoou e fechou o jogo em sets diretos (11/9, 11/6 e 11/9), garantindo o título.

Campanhas até a final

O Ochsenhausen se classificou para a semifinal com a terceira melhor campanha da fase de classificação (15 vitórias em 21 jogos). Além de Hugo, os atuais campeões contam com o francês Simon Gauzy (19º), o polonês Jakub Dyjas (64º) e o austríaco Stefan Fegerl (87º). Na semifinal, na última quinta-feira (11), a equipe sofreu, mas venceu de virada o Borussia Dusseldorf por 3 a 2, com uma vitória e uma derrota de Calderano.

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Já o Saarbrücken conseguiu dois triunfos a mais e fechou, assim, a temporada regular na ponta da tabela. Seu elenco tem o alemão Patrick Franziska (16º), o chinês Shang Kun (sem ranking), o esloveno Darko Jorgic (34º) e o tcheco Tomas Polansky (150º). Na semifinal, o time superou o SV Werder Bremen por 3 a 0.

Vala lembrar que a pandemia de coronavírus paralisou a competição na penúltima rodada da fase de classificação da Bundesliga. E em decisão conjunta, a última rodada não foi realizada e as equipes voltaram, assim, diretamente para as semifinais.

Adaptações em tempos de pandemia

Jogadores do Ochsenhausen de máscara (Instagram/hugocalderano)

Para realizar os playoffs com a devida segurança sanitária em meio à pandemia de coronavírus, no entanto, a Bundesliga teve de fazer uma série de ajustes, desde o protocolo de jogo até o sistema de disputa dos confrontos. Assim, a semifinal passou de uma melhor de três jogos para um duelo único. Além disso, há apenas partidas individuais, eliminando a possibilidade de um jogo de duplas, para reduzir o contato entre os atletas.

As semifinais e a final da Bundesliga são disputadas sem a presença de público. E os jogadores não podem se cumprimentar e também não trocam de lado na mesa. “Não foi muito fácil. O mais difícil para mim foi não poder passar a mão na mesa. Além de secar o suor, isso faz parte da minha rotina e me ajuda a me concentrar entre os pontos. Mas felizmente, consegui me adaptar bem no final”, pontou Calderano.

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