O Paraná é uma das potências do tênis de mesa paralímpico nacional. E este bom desempenho deve-se em parte ao trabalho de uma parceria entre a Associação dos Deficientes Físicos do Paraná (ADFP) e o Clube Duque de Caxias, em Curitiba.
A união de esforços fez com que o tênis de mesa paralímpico tivesse a oportunidade de manter mais craques jogando em alto nível em Curitiba.
O começo
A Associação dos Deficientes Físicos do Paraná foi fundada em 1979, na capital paranaense. Tem como objetivo primordial ajudar na reabilitação das pessoas e o esporte entra como ferramenta de qualidade de vida. São cerca de 50 colaboradores e 300 pessoas atendidas.
O tênis de mesa paralímpico se destacou desde o início. De 1996 em diante, a ADFP teve atletas em todas as edições dos Jogos Paralímpicos. A galeria de craques tem Luiz Algacir, Eziquiel Babes, Welder Knaf, Claudiomiro Segatto, Maria Luiza Passos, entre outros tantos.
Poucos clubes no país contam com tantos nomes que disputaram Jogos Parapan-Americanos ou Paralimpíadas.
“É uma instituição totalmente comprometida com as pessoas com deficiência, muitas em situação de vulnerabilidade social”, lembra Benedito de Oliveira, o Bené, treinador que comanda o time de tênis de mesa paralímpico.
A união faz a força
Mas, por ser uma instituição de reabilitação, sem a estrutura necessária para o alto rendimento, a ADFP precisava ter um local para que seus vários craques pudessem contar com um espaço adequado e várias mesas. Surge então a parceria com o Clube Duque de Caxias, instituição que completa 130 anos em dezembro, com a tradição da colônia alemã (se chamava Teuto Brasilianischer Turnverein no início).
O tênis de mesa utiliza um dos dois ginásios disponíveis e aproveita também a parceria com o Comitê Brasileiro de Clubes (CBC). O resultado é visto na maioria das competições regionais e nacionais. Os paranaenses estão sempre no topo ou bem perto dele na contagem geral.
+ CBC antecipa dinheiro do próximo ciclo para auxiliar clubes
“Com a parceria, pudemos colocar nossas equipes completas nas competições nacionais. O apoio do CBC aconteceu em boa hora. Muitas vezes, os atletas tinham que correr atrás de recursos”, lembra Bené, ressaltando o apoio também da Prefeitura de Curitiba em alguns projetos.