Uma live de peso organizada pela Confederação Brasileira de tênis de mesa movimentou os principais atletas masculinos da modalidade. Hugo Calderano, número 6 do mundo, Vitor Ishiy, 58, e Eric Jouti, 88, caíram na resenha, se divertiram, falaram sério também e mostraram a força da geração.
“O mais legal da gente é que sabemos a hora de brincar, mas sabemos a hora de trabalhar sério”, disse Hugo Calderano.
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Calderano tem 23 anos, Ishiy 24 e Jouti completou recentemente 26 anos. O trio joga em equipes na Europa e atuam na seleção brasileira de tênis de mesa.
Papo sério
A pandemia do novo coronavírus paralisou o esporte mundial e com o tênis de mesa não foi diferente. Enquanto Calderano e Ishiy estão passando a quarentena juntos em Ochsenhausen, na Alemanha, Jouti voltou para o Brasil.
“Eu preferi voltar porquê o pessoal que mora comigo na Dinamarca começou a se movimentar e eu sabia que as fronteiras seriam fechadas, não queria ficar sozinho e acabei voltando”, conta Jouti.
Já Ishiy resolveu ficar com a família Calderano na Alemanha. “Esta quarentena está sendo uma experiência. Fiquei com medo de passar para os meus pais. Estou bem ao lado da família Calderano”.
O anfitrião Hugo comentou que a situação da pandemia na Alemanha está melhorando a cada dia. “Segundo o que a gente escuta por aqui, os números estão abaixando. O governo agiu corretamente e controlou rapidamente.
Papo leve
A quarentena, inevitavelmente, faz com que os atletas relaxem mais. “Estamos aproveitando para dormir e descansar mais. O que é bom”, fala Calderano caindo na risada.
Jouti atravessa a fala do amigo e emenda. “Também, aí em Ochsenhausen não tem o que fazer mesmo, tem que dormir mesmo.” Todos caem na risada.
A cidade alemã tem só oito mil moradores. “Aqui quando faz sol todos saem de casa. Você nem acredita que aqui more tanta gente”, completa Calderano.
“A gente não sai porque não tem o que fazer aqui mesmo”, emenda Ishiy e todos voltam a cair na risada.”
A união faz a força
Os três estão estabelecidos na Europa e já servem de referência para os mais novos. “É o que eu mais quero. Ver o tênis de mesa crescendo e se desenvolvendo no Brasil”, afirma Calderano.
“É muito legal a gente poder ter amigos próximos dentro do esporte. Crescemos juntos e isso foi fundamental para nossas carreiras”, completa Jouti.
“A gente conviveu muito tempo junto. E todos muito jovens fora de casa aprendendo muito. Uma nova cultura e tudo. Foi mais fácil com eles”, encerra Ishiy.
