O tênis de mesa parece estar no sangue da família Takahashi. Enquanto Bruna, a filha mais velha de Gisele e Ricardo, já é a número 46 do mundo aos 19 anos, Giulia, a mais nova, com 14, segue o caminho da irmã, brilhando nas categorias de base da modalidade. Mas a relação entre elas vai muito além das raquetes. É uma parceria na vida. E como não poderia ser diferente, tem sido também uma parceria na quarentena.
Com a recomendação de isolamento devido à pandemia do coronavírus, Bruna e Giulia estão em casa e podem contar uma com a outra para seguir treinando e manter a motivação. Elas têm uma mesa em casa, o que ajuda também.
“A gente está fazendo treinos físicos e, com a mesa, a gente consegue treinar algumas coisas também. Aqui em casa não tem muito espaço, para bloquear e a outra fazer o ponto, por exemplo… Então a gente tem lançado a bola uma para outra, ajudado e isso deu muito certo, porque senão a gente só conseguiria treinar saque. Assim as duas podem treinar melhor. Claro que não é um super treino, mas é bom para não ficar parada e não perder a mão”, contou Bruna em entrevista exclusiva ao Olimpíada Todo Dia.
Confira um pouco do treino das irmãs Takahashi:
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A filha mais velha dos Takahashi também falou de como foi difícil o começo da quarentena, mas explicou que já encontrou um método que funcionou. “Sem poder sair de casa, a gente não tem outra opção. Foi difícil, mas eu tenho colocado na agenda horários e seguido. Então coloco que vou treinar às 10h e às 15h, por exemplo, e sigo. Fica mais fácil de se adaptar”, explicou Bruna.
Para além da quarentena
A dupla Takahashi surgiu, porém, bem antes da pandemia do coronavírus. Há 14 anos, Bruna ganhou mais do que uma irmã. Ganhou uma parceira dentro e fora do tênis de mesa. E com isso, vem também a responsabilidade de ser uma inspiração para Giulia e ajudar a irmã mais nova no que puder.
“A gente sempre foi muito parceira. É muito bom porque eu consigo ajudar ela em algumas coisas, em movimentos ou em algo que eu tenha visto. E posso ajudar também naquilo que ela pede de ajuda para mim quando tem dificuldade de fazer alguma coisa. Então é muito bom e a gente sempre troca muita ideia”, contou Bruna.
“É muito bom ter uma irmã mais velha, porque ela sempre pode me ajudar em qualquer coisa que eu precise e me dar dicas”, concordou Giulia.
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Antes da quarentena, elas estavam separadas pela distância, já que Bruna mora em Portugal, onde defende o Sporting, além de que ambas viajam o mundo durante o ano competindo. Mas isso não chega a ser um empecilho na parceria entre elas, que ainda contam com o apoio da família.
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“Desde pequena eu viajo muito. No começo eu sentia mais saudades, mas agora eu estou mais acostumada. Lógico que ainda sinto, mas com o tempo você nem pensa muito nisso. E nossos pais sempre nos ajudaram. Não só eles, mas a família toda. Eles acompanham a gente, mandam foto torcendo. É muito legal ter a família toda apoiando e também conhecendo mais do tênis de mesa”, ressaltou Bruna.
Sonho de parceria
Se no futuro veremos uma parceria entre Bruna e Giulia competindo ao redor do planeta, ainda é cedo para dizer. Mas segundo as duas, vontade não falta. Mas enquanto isso não acontece, uma segue sendo inspiração para a outra, na quarentena ou não.
“A gente sempre foi muito parecida, desde pequena. A gente grita, sempre vai atrás, mesmo quando está perdendo por uma grande diferença. A Giulia é muito guerreira e nunca desiste”, disse Bruna.
“A Bruna sempre me inspira no jogo, no jeito guerreira que ela tem. Ela nunca desiste e acho que é isso que eu puxei dela. E na vida, ela corre atrás daquilo que quer, no objetivo e sempre está disposta a ajudar os outros”, finalizou Giulia.
