Hugo Calderano estreia nesta quinta-feira (5) no Aberto do Qatar de tênis de mesa inspirado em feitos históricos alcançados em edições passadas do torneio. Atual sétimo colocado do ranking, o carioca de 23 anos tem duas medalhas de prata na competição até hoje, os melhores resultados das Américas em etapas Platinum do Circuito Mundial.
Calderano terá pela frente o indiano Anthony Amalraj (98º) na primeira rodada, nesta quinta, às 13h50 (horário de Brasília). Se avançar, enfrentará nas oitavas de final o vencedor do duelo entre o francês Simon Gauzy (21º) e o dinamarquês Jonathan Groth (28º).
O histórico joga a favor de Hugo no Aberto do Qatar. Seu primeiro feito foi em 2015, quando, ao lado do compatriota Gustavo Tsuboi, conquistou a medalha de prata de duplas masculinas. Na ocasião, o carioca tinha apenas 18 anos e ocupava a 70ª posição do ranking mundial.
Em 2018, Hugo repetiu o vice-campeonato, desta vez na chave de simples. Após uma campanha memorável, em que deixou pelo caminho o alemão Timo Boll, o japonês Tomokazu Harimoto e o chinês Lin Gaoyuan, ele só parou na decisão diante do então segundo colocado do ranking, Fan Zhendong.
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Em 2019, o brasileiro não foi bem, caindo logo na estreia, para o belga Cedric Nuytinck.
O adversário indiano da estreia é um velho conhecido no Circuito Mundial. Com 34 anos, Anthony Amalraj ocupa a posição 98 no ranking, mas vem fazendo boas atuações nos últimos meses. Hugo e Amalraj se enfrentaram duas vezes em confrontos internacionais. No Mundial de Equipes de 2012, quando o brasileiro tinha apenas 16 anos, vitória do indiano. Cinco anos mais tarde, na final do Aberto do Brasil, vitória de Calderano por 4 a 1.
Grande momento
Há 17 meses no Top 10 do ranking mundial, Calderano vem de resultados sólidos ao longo do último ano. Em 2020, o brasileiro já conquistou o tricampeonato da Copa Pan-Americana, resultado que o classificou para a Copa do Mundo individual de outubro, na Alemanha.
O consultor técnico da CBTM e treinador de Hugo Calderano, Jean-René Mounié, no entanto, prefere não criar expectativas.
“Apesar de o Hugo ter vencido a Copa Pan-Americana, em Porto Rico, ele ficou fora de competições durante quase um mês, depois de se machucar no início de janeiro. Na Hungria, ele não teve capacidade de propor o melhor nível dele, mesmo tendo lutado bastante. Faltou o ritmo do alto nível. Esperamos que agora ele esteja pronto, aqui no Catar. A qualidade dos treinos antes desse evento foi boa. O Hugo vai dar o melhor dele amanhã”, analisou.
Com 78,7% de aproveitamento no ano passado, Hugo esteve recorrentemente nas fases finais do Circuito Mundial. Em oito etapas disputadas, incluindo o Grand Finals, o carioca chegou duas vezes às semifinais e quatro às quartas. Além disso, teve seu melhor desempenho em Mundiais, parando apenas diante do eventual campeão Ma Long, nas oitavas.
Seu resultado mais importante na temporada foram as duas medalhas de ouro – simples e duplas masculinas – conquistadas nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru. O bicampeonato individual lhe assegurou vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio, que serão realizados de 24 de julho a 9 de agosto deste ano.