“Esse ano foi maravilhoso, ano da vida”, comemora Jessica Yamada. Realmente, não tinha como não ficar feliz. Nos Jogos Pan-Americanos, disputados em Lima, Jessica conquistou duas medalhas: prata por equipes e bronze nas duplas femininas, ao lado de Bruna Takahashi. Em outubro, a equipe, mais uma vez formada com Caroline Kumahara e Bruna Takahashi, conquistou o ouro no torneio Pré-Olímpico e garantiu vaga para Tóquio. Na última competição do ano, Yamada ainda conquistou o Campeonato Brasileiro, realizado em São Paulo. Terminou o ranking na posição 148 e, com a aposentadoria de Gui Lin – que era 142ª -, tornou-se a segunda melhor brasileira do mundo.
“Acho que não tem como ser melhor. Quer dizer, só na hora que pisarmos em Tóquio.”, brinca a jogadora. “Mas nós termos ganhado o Pré-Olímpico, foi uma emoção muito grande. Acho que todo mundo me viu chorando depois porque, para mim, conseguir jogar a primeira Olimpíada aos 30 anos, é muito emocionante mesmo. Nos Jogos Pan-Americanos, dava para ter ganhado o ouro, e eu acho que isso ficou um pouco engasgado. Por isso, chegamos no Pré-Olímpico e atropelamos Porto Rico, foi engasgado mesmo.”, lembra Jessica.
O ano de 2019 foi bom também para testar a formação da nova equipe. Os bons resultados mostram que o trabalho está no caminho certo. “Não sabíamos como seria. Poderia ter sido horrível, mas foi lindo, lutamos como equipe. Tenho muito orgulho da Bruna e da Carol como equipe.”, comemora a jogadora.
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A tia do time
Jessica Yamada é a mais experiente da seleção feminina. Suas companheiras de equipe Bruna Takahashi e Caroline Kumahara têm 19 e 24 anos, respectivamente. Com uma personalidade calma, Jessica passa confiança às companheiras. “Quando somos novos, nos esforçamos muito, temos muita energia física e queremos muito resultado. Então, as vezes, elas acabam ficando talvez um pouco ansiosas ou frustradas.”, explica. “Eu tento sempre passar mais calma para elas, ver o lado positivo das coisas, mostrar que podemos trabalhar juntas. É importante ter alguém mais velho para fazer um meio termo, então eu tento ser o ponto de equilíbrio para as meninas. Eu tento ser aquela pessoa que se elas tiverem qualquer problema, elas podem contar. O que eu puder fazer, eu vou ajudar, até porque eu sou a ‘tia do time’.”, brinca.
Aos 30 anos, a “tia” está preparada para a disputa da primeira Olímpiada da carreira. Em janeiro, volta a jogar na Suécia, para se preparar melhor para a disputa dos Jogos de Tóquio. Emoção no Japão, não vai faltar. “Nem caiu muito a ficha ainda. Acho que só vai cair na hora que a gente começar a se preparar ou pisar no avião, ou pisar em Tóquio.”, ri. “Mas classificar foi o primeiro passo, então eu continuo treinando firme, tudo isso só para tentar chegar o melhor possível em Tóquio para fazer o melhor que eu puder. E do que depender de mim, com certeza eu vou lutar até o fim.”, conclui Jessica Yamada.