A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) divulgou, na segunda-feira (17), a relação completa da delegação brasileira para os Jogos Parapan-Americanos de Lima. A competição acontece entre os dias 22 e 27 de agosto, na capital peruana, e mais do que a hegemonia do tênis de mesa nas Américas, o Brasil busca classificar o maior número de atletas para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2020.
A delegação brasileira no tênis de mesa do Parapan contará com 37 integrantes ao todo, sendo sete membros da comissão técnica (os técnicos Paulo Molitor, Raphael Moreira, Alexandre Ghizi, Celso Toshimi e Luciano Possamai; a fisioterapeuta Cristina Joaquim; e a auxiliar Ana Maria de Oliveira), além de 30 atletas classificados por seletiva (disputada em dezembro), posicionamento no ranking nacional, resultados internacionais ou critérios técnicos.
Quatro nomes obtiveram classificação dentro dos critérios, mas não participarão do evento. Após ter divulgado o número de vagas para cada país no Parapan, a organização dos Jogos de Lima limitou a 30 o número de atletas brasileiros.
Ana Paula Cordeiro e Lucas Hansen, ambos da classe 11, não participarão, pois a classe não terá mais disputas no torneio. Por questão estratégica, Israel Stroh foi o terceiro nome cortado, pois sua classificação está praticamente assegurada aos Jogos de Tóquio. Claudiomiro Segatto, prejudicado pela reclassificação do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), que o transferiu da classe 5 para a 8, também não segue para o Peru.
“Se levássemos o Israel, ele teria o risco de perder muitos pontos no ranking em caso de desempenho abaixo do esperado. Preferimos não arriscar, já que ele tem a classificação praticamente certa para Tóquio. No caso do Claudiomiro, percebemos que ele ainda estava em fase de adaptação para a nova classe, conhecendo o material e a nova realidade”, explica o técnico Paulo Molitor.
No Parapan de Toronto, o tênis de mesa do Brasil teve um ótimo desempenho, acima inclusive de algumas delegações de países que disputaram os Jogos. Ao todo, foram 31 medalhas, sendo 15 ouros, dez pratas e seis bronzes, com dez títulos individuais e vagas garantidas para a Rio-2016.
A equipe inicia treinamentos no dia 12 de agosto, no Centro Paralímpico Brasileiro, em São Paulo (SP). No dia 17 seguirá para Lima.
Tênis de mesa brasileiro no Parapan
Classe 2 Feminino – Cátia Oliveira (vice-campeã mundial na Eslovênia) e Carla Maia (seletiva)
Classe 3 Feminino – Marliane Santos (seletiva) e Thais Severo (critério técnico)
Classe 4 Feminino – Joyce Oliveira (seletiva)
Classe 5 Feminino – Maria Luiza Passos (seletiva)
Classe 6-7 Feminino – Millena França (pontuação pelo ranking nacional Sub-23) e Aline Ferreira (seletiva)
Classe 8-10 Feminino – Danielle Rauen, Jennyfer Parinos (seletiva) e Lethícia Lacerda (critério técnico)
Classe 1 Masculino – Conrado Contessi (pontuação pelo ranking nacional) e Aloísio Lima (seletiva)
Classe 2 Masculino – Iranildo Espíndola e Guilherme Costa (seletiva)
Classe 3 Masculino – Welder Knaf (seletiva) e David Freitas (critério técnico)
Classe 4 Masculino – Ecildo Lopes (pontuação pelo ranking nacional), Alexandre Ank (seletiva) e Eziquiel Babes (critério técnico)
Classe 6 Masculino – Goutier Rodrigues (seletiva)
Classe 7 Masculino – Paulo Salmin (seletiva)
Classe 8 Masculino – Luiz Filipe Manara (seletiva) e Francisco Wellington (pontuação pelo ranking nacional)
Classe 9 Masculino – Lucas Carvalho (pontuação pelo ranking nacional Sub-23), Guilherme Ifanger e Ramon Colombo (seletiva)
Classe 10 Masculino – Claudio Massad (pontuação pelo ranking nacional), Carlos Carbinatti e Diego Moreira (seletiva).